Segundo um porta-voz citado pela Reuters esta quarta-feira, 5 de Agosto, Masashi Muromachi apresentou o seu pedido de desculpa ao gabinete do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pelo escândalo da Toshiba. O Governo tem vindo a trabalhar para aumentar a confiança dos investidores estrangeiros no mercado japonês, escreve a agência, um esforço penalizado pela denúncia de irregularidades nas contas da gigante tecnológica.

Sadakazu Osaki, analista do Nomura Research Institute, disse à Reuters que este pedido de desculpa reflecte o grau de envolvimento entre a empresa e o Governo. "Isto é porque é a Toshiba. Não acredito que uma empresa normal o teria feito", acrescentou.

A Toshiba terá de corrigir os seus resultados em, pelo menos, 152 mil milhões de ienes (cerca de 1,1 mil milhões de euros). Esta correcção é referente aos resultados de um período de seis anos, sendo que grande parte do montante diz respeito às contas de 2012.

A empresa nipónica contratou elementos externos à companhia para analisar a contabilidade da empresa face a suspeitas de que os resultados operacionais anunciados não correspondiam à realidade. As conclusões deste inquérito conduziram à demissão, anunciada a 21 de Julho, do então presidente Hisao Tanaka, do vice-chairman, Norio Sasaki e um ex-presidente e consultor, Atsutoshi Nishida.

Os resultados operacionais referentes a 2014 serão apresentados no fim deste mês de Agosto, uma vez que a Toshiba decidiu retirar as suas previsões de lucro e cancelar o dividendo do final do ano em Maio, altura em que expandiu o alcance da auditoria interna.