As primeiras queixas surgiram no site especializado MacRumors e rapidamente se espalharam pelas redes sociais. Vários utilizadores queixavam-se de ter reparado que o seu iPhone 6 Plus, o modelo maior de 5,5 polegadas, se tinha curvado depois de algum tempo no bolso das calças.

Multiplicaram-se as fotografias e os vídeos submetendo o novo "smartphone" a testes de resistência. O caso ganhou nome, como já é hábito neste tipo de questões: "bendgate". A Apple manteve o silêncio. Até à passada quinta-feira, 25 de Setembro.

"Com um uso normal, um caso de iPhone dobrado é extremamente raro", informou a tecnológica em comunicado. Nos primeiros seis dias de vendas, apenas nove clientes contactaram a Apple por terem notado uma curvatura no seu telemóvel, concretiza.

A empresa liderada por Tim Cook garantiu fazer testes de resistência rigorosos, sendo que "o iPhone 6 e iPhone 6 Plus atingem ou excedem todos os nossos padrões de elevada qualidade para enfrentarem uma utilização diária". A Apple chegou mesmo a convidar vários órgãos de comunicação a marcar presença no local onde se realizam os testes.

Quanto à qualidade dos materiais, a tecnológica afirmou que os mesmos garantem "a força e durabilidade" dos dispositivos. Deste modo, põe cobro às críticas que apontam o alumínio usado nos iPhone, um material mais moldável que o plástico, como uma das causas para a curvatura.

Nos primeiros três dias no mercado, os novos iPhone 6 venderam mais de 10 milhões de unidades. Apesar do sucesso nas vendas, as polémicas têm-se feito sentir. Para além do "bendgate", a empresa americana foi alvo de críticas por falhas sucessivas no sistema operativo iOS 8 e respectivas actualizações. Neste último caso, a empresa já tinha pedido desculpa.