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Luís Marinho: “RTP3 e RTP Memória estão quase em coma induzido”

O ex-administrador da RTP considera que a RTP2 e o canal Memória estão “quase em coma induzido”. E adianta que a entrada destes canais na TDT vai ser “um negócio ruinoso” que pode custar 10 milhões de euros.

Filipa Couto/Correio da Manhã
Negócios 05 de Setembro de 2016 às 12:04
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Luís Marinho saiu da RTP na semana passada, depois de 15 anos a trabalhar na estação pública onde ocupou diversos cargos, desde director de informação a administrador. Na sua carta de despedida teceu várias críticas à actual administração levando várias dúvidas sobre o futuro da empresa.

Em entrevista ao jornal i, publicada esta segunda-feira, 5 de Agosto, o ex-administrador da RTP explica algumas das críticas que elaborou no email da sua despedida do canal público.

Luís Marinho (na foto) nega ter saído amargurado, mas sim "com uma enorme preocupação em relação à empresa e quando digo isso não quero dizer que sou uma pessoa muito importante", disse ao jornal.

"A seguir este rumo, a empresa de serviço público de televisão vai desaparecer", sublinha o responsável, que adianta ainda na mesma conversa que não se arrepende de nada que fez, "mas merecia que me tratassem com dignidade".

Quanto à entrada da RT3 e da RTP Memória na TDT, para Luís Marinho "vai ser um negócio absolutamente ruinoso. Isto vai custar à empresa qualquer coisa como 10 milhões de euros pela perda de receita que vai implicar e pelos custos que vai implicar pelo pagamento do sinal da TDT. Podem dizer que faz sentido porque é serviço público, mas são dois canais completamente residuais e que infelizmente estão quase em coma induzido". Tal como o Governo tinha anunciado, estes dois canais não vão poder ter publicidade comercial.

Quanto às ligações de Nuno Artur Silva ao Canal Q e às Produções Fictícias e da produtora da mulher de Daniel Deusdado considera que "eticamente "é absolutamente reprovável". Convidar essas pessoas, uma para a área da administração [Nuno Artur Silva] e outra para a área de direcção [Daniel Deusdado] reprovação do ponto de vista ético".

E vai mais longe: "Legalmente acho que devia ser avaliado, que eu saiba o administrador Nuno Artur Silva ainda é proprietário das suas produções e o director de programas Daniel Deusdado, tem a produtora em nome da sua mulher. Como também é reprovável contratarem guionistas e apresentadores dos seus canais e das suas produtoras", acrescenta.

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