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Jornalistas do Financial Times ameaçam fazer greve para contestar alterações nas pensões
Os jornalistas do Financial Times ameaçam com uma greve face a alterações ao sistema de pensões. Isto acontece três meses depois de o jornal ter sido comprado pelo grupo de media Nikkei.
Os jornalistas do Financial Times (FT) votaram a favor de uma greve que visa contestar as alterações propostas às pensões, confirmou o sindicato nacional de jornalistas britânicos, que adiantou que mais de 92% dos seus membros apoiou a acção, mostrando "a sua fúria e o seu descontentamento face à quebra das promessas feitas pelo Financial Times".
As alterações ao sistema de pensões acontecem cerca de quatro meses depois de o jornal ter sido comprado pelo grupo de media Nikkei por 844 milhões de libras, cerca de 1,2 mil milhões de euros, noticia a BBC.
O sindicato adiantou que na próxima segunda-feira os gestores da publicação farão uma nova proposta, algo que terão em consideração antes de partirem para a greve.
Steve Bird, representante do sindicato no Financial Times, adiantou, porém, que os gestores já perderam a confiança dos funcionários, incluindo a maior parte dos jornalistas seniores.
Um porta-voz do Financial Times disse que os gestores do jornal estão "desapontados" com o facto de o sindicato não ter recuado na ameaça de greve, apesar das conversações em curso e daquilo que caracterizou como uma proposta "melhorada" sobre a questão das pensões.
Este porta-voz garantiu que os gestores têm em consideração o descontentamento dos trabalhadores, mas que "é preciso encontrar o equilíbrio certo entre os benefícios individuais – aqueles que participaram na votação representam uma pequena minoria dos funcionários – e a sustentabilidade financeira futura do FT, para benefício de todos".