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Caixa Geral de Depósitos com lucro recorde de 1.369 milhões até setembro

Resultado representa um crescimento de 38% face ao período homólogo. Neste período o banco público entregou ao Estado um total de 1.527 milhões de euros, o que inclui dividendos e IRC.

Presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos desde 2017, Paulo Macedo elegeu a devolução da injeção pública como um dos objetivos prioritários do banco.
Carlos M. Almeida/Lusa
07 de Novembro de 2024 às 16:38
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A Caixa Geral de Depósitos registou um lucro de 1.369 milhões de euros de janeiro a setembro deste ano. O valor representa uma subida de 38% face ao valor verificado no mesmo período de 2023. É, aliás, um lucro superior ao obtido nos 12 meses do ano passado.

"É o melhor resultado de sempre da Caixa", confirmou o CEO do banco, Paulo Macedo, na apresentação de resultados.

A atividade doméstica representa o grosso do negócio da CGD: contribuiu com 1.220 milhões de euros para o valor global. As operações internacionais representaram 149 milhões de euros.

"É o maior volume de negócios de sempre, e o maior crescimento da banca portuguesa", enfatizou o CEO.

Neste período o banco público entregou ao Estado um total de 1.527 milhões de euros, o que inclui dividendos e IRC. "As entregas ao Estado previstas para 2025, tendo em consideração os resultados já alcançados, terão uma magnitude igualmente relevante", admite a instituição financeira. 

"Temos razões para considerar que foram uns bons primeiros nove meses e perspetivamos um valor significativo entregue ao Estado no ano que vem", reiterou Paulo Macedo.

A margem financeira consolidada cresceu 1,5%, perdendo o fulgor de outros trimestres. Representou 2.121 milhões de euros. Em Portugal, o aumento foi de 1,9%. 

O encaixe com comissões aumentou 2,6% para 437 milhões em termos consolidados e 0,9% (para 346 milhões) na operação doméstica. 

São evoluções justificadas pelo crescimento do volume de negócios, argumenta a Caixa.

A carteira de crédito subiu 2,9% para 46.622 milhões de euros. O volume de crédito a empresas aumentou 3%, atingindo 20.373 milhões de euros. Nos empréstimos para compra de casa a carteira evoluiu 2,5% para 25.070 milhões de euros.O crédito ao consumo atingiu 1.179 milhões (mais 7,9% do que em setembro de 2023).

Os recursos de clientes atingiram 97 mil milhões de euros, 6,4% acima do valor verificado em setembro de 2023. Daquele valor, 74,2 mil milhões são em depósitos. É um crescimento de 5 mil milhões face ao valor homólogo. "A Caixa tem um terço dos depósitos dos portugueses", afirmou a CFO Paula Geada".

O malparado, medido através do indicador NPL (sigla para a expressão inglesa "Non-Performing Loans") diminuiu, em termos brutos, 2,9%, fixando-se em 1.198 milhões de euros. O rácio de NPL desceu de 2,88% para 2,29%.

Em termos de rentabilidade, o banco público atingiu, em setembro, um rácio de rentabilidade líquida dos capitais próprios de 18,8%, acima dos 14,4% verificados um ano antes.

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