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EDP com lucros de 1.083 milhões de euros até setembro
O resultado dos primeiros nove meses do ano ficou 14% acima do período homólogo de 2023, por comparação com os 946 milhões de lucro registados entre janeiro e setembro do ano passado.
O grupo EDP registou entre janeiro e setembro de 2024 lucros de 1.083 milhões de euros, mais 14% do que os 946 milhões de euros que reportou em igual período do ano passado, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O valor assinala um máximo histórico em termos de lucros nos primeiros nove meses do ano.
De acordo com a energética liderada por Miguel Stilwell, este salto foi "suportado pelo bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil, assim como pela recuperação de produção hídrica no mercado ibérico, que compensaram os menores ganhos com rotação de ativos renováveis.
"Nos primeiros nove meses de 2024, o segmento de negócio de operação de redes de eletricidade representou 42% do resultado líquido consolidado, impactado positivamente pelo sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, concluída em julho de 2023", explicou ainda a EDP no mesmo comunicado.
Quanto ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), aumentou 2%, de 3.820 para 3.899 milhões de euros nestes três trimestres de 2024, refere a empresa.
Diz a EDP que, tendo em conta o desempenho até setembro, espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de cinco mil milhões e um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões, "em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio".
Por área, a atividade consolidada de renováveis, clientes e gestão de energia registou uma redução de EBITDA de 2%, enquanto no segmento eólico e solar o EBITDA caiu 9%, "impactado pelos menores ganhos com a rotação de ativos face ao período homólogo: 179 milhões de euros em 2024 face a 393 milhões em 2023.
Em outubro, a EDP registou um encaixe relativo a uma nova transação de rotação de ativos na Polónia e também à conclusão da recompra da participação de 49% de um portefólio eólico de 1 GW na Europa.
Excluindo ganhos de rotação de ativos, o EBITDA aumentou 7%, para 1.115 milhões de euros, com a produção de eletricidade a apresentar um aumento moderado de 5%, que a empresa diz que foi "compensado pela resiliência do preço médio de venda com uma queda de 4% para €59,4/MWh".
Por seu lado, a atividade de produção e comercialização de energia no mercado ibérico e no Brasil apresentou um crescimento de EBITDA de 5%, para os 1.340 milhões, graças ao aumento da produção hídrica em Portugal e Espanha e à redução do custo abastecimento de energia.
Nas redes de eletricidade o aumento de EBITDA foi de 14%, para 1.269 milhões (+7% excluindo ganhos com rotação de ativos de transmissão no mercado brasileiro no primeiro trimestre de 2024).
A atividade de distribuição de eletricidade no Brasil e em Portugal foi suportada pelo aumento do consumo de energia (+10% no Brasil e +2% em Portugal), mas também pela pela atualização das receitas reguladas à taxa de inflação e melhorias de eficiência.
Em setembro de 2024 a dívida líquida da EDP totalizava 17,3 mil milhões de euros. Isto tendo em conta a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade e o pagamento de dividendos.