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Estudo: 40% dos portugueses considera muito improvável pagar por notícias online
Apenas 1% dos inquiridos revela que no ano passado pagou por conteúdos noticiosos online, segundo um estudo divulgado pela ERC. Já a média do consumo de notícias em vídeo em Portugal é quase o dobro dos restantes países analisados.
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O número de utilizadores portugueses que pagou para aceder a notícias online "é praticamente irrelevante", segundo o estudo Públicos e Consumo de Media apresentado esta terça-feira, 19 de Maio, pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
Apenas quatro dos inquiridos em Portugal, ou seja, 1% de entre um conjunto de 625 utilizadores de internet que consomem notícias, compraram conteúdos online no ano passado.
Questionados sobre a probabilidade de virem a pagar, 40% considera muito improvável, 34% improvável, 23% pouco provável e apenas 3% muito provável.
No entanto, comparando com outros países analisados no estudo, se as repostas que podem revelar alguma intenção de comprar conteúdos noticiosos forem agregadas, verifica-se que Portugal é um dos mercados com maior disponibilidade para aderir a este tipo de processo (26%), sendo superado em larga medida pelo Brasil, que apresenta um recorde de 61%.
Espanha e Itália (23%) encontram-se próximos dos números de Portugal. Já o Reino Unido (7%) e o Japão (8%) são os que menos disponibilidades manifestam.
No que toca aos principais formatos de consumo de notícias, a lista de manchetes nos sites continua a chamar mais a atenção dos leitores portugueses (80%), enquanto os vídeos ocupam o segundo lugar (61%).
Aliás, comparando os resultados dos países analisados, "destaca-se o facto de os vídeos serem mais relevantes no consumo de notícias em Portugal do que nos restantes países".
Os que mais se aproximam de Portugal são os EUA (34%), Espanha (33%) e o Brasil (32%).
Quanto aos momentos principais de consulta de notícias, 55% respondeu que consultam logo de manhã, 42% ao início da noite, 41% ao fim da noite e 36% à hora de almoço.
O computador continua o principal dispositivo utilizado para aceder às notícias online (94%), apesar de esta tendência já se estar a inverter nos restantes países.
O smartphone ocupa o segundo lugar (13%) e os tablets o terceiro (6%).
O relatório teve como referência o questionário utilizado no projecto Reuters Institute DigitalNews Report, que compreende uma análise anual dos consumos de média nas plataformas digitais em 10 países, tendo sido adaptado à realidade do consumo de média em Portugal.