Notícia
Lucro da EDP recuou 12% em 2015
A pressionar o resultado líquido da energética estiveram os resultados financeiros e o recuo do EBITDA em Portugal. Já o EBITDA total do grupo cresceu 8% com a ajuda das renováveis e do Brasil.
O lucro da EDP recuou 12% em 2015 para 913 milhões de euros. O resultado da companhia foi pressionado pelos resultados financeiros e pelo recuo do EBITDA em Portugal. Os resultados anuais da companhia foram divulgados esta quinta-feira, 3 de Março. Este valor ficou abaixo da estimativa dos analistas do CaixaBI que esperavam um recuo de 5% nos lucros da EDP.
Em sentido contrário seguiu o EBITDA (resultado operacional bruto) da energética liderada por António Mexia que registou um crescimento de 8% para 3.924 milhões de euros. Esta subida deveu-se ao desempenho da EDP Renováveis e da EDP Brasil.
O EBITDA da EDP Renováveis cresceu 26% para 1.142 milhões de euros em 2015, à boleia do acréscimo de 10% na capacidade instalada média, melhores preços de venda em Espanha e por um impacto cambial favorável por via da apreciação do dólar face ao euro e ainda pela revalorização da participação anteriormente detida pelo consórcio eólico nacional ENEOP.
Na EDP Brasil, o EBITDA subiu 38% para 857 milhões de euros, "na sequência de alguns sinais de recuperação da seca", da consolidação integral da central termoeléctrica de Pecém I desde Maio de 2015, e os "efeitos mitigados" pela depreciação do real face ao euro.
O EBITDA da operação ibérica, por seu turno, tirando o negócio eólico, caiu 9% para 1.926 milhões de euros, devido à fraca hidraulicidade, isto é, a seca que assolou os dois países ibéricos. Em Portugal, a hidraulicidade ficou 26% abaixo da média histórica.
Já o investimento operacional consolidado ascendeu aos 1.788 milhões de euros em 2015, com a sua maioria (66%) a ser dedicado a novos projectos de expansão em capacidade hídrica e eólica.
Olhando para a dívida líquida, a mesma subiu 2% para 17.400 milhões de euros ao longo de 2015, devido à aquisição e consolidação da central termoeléctrica de Pecém I, a par do impacto cambial devido à valorização do dólar face ao euro, assim como a consolidação integral de alguns activos do consórcio eólico ENEOP.