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BPI: EDP é "proposta de valor" com dividendos atraentes

Apesar da queda do resultado líquido, o BPI destaca a melhoria no segmento operacional da EDP. Além disso, acredita que a tendência negativa dos lucros estará a chegar ao fim. Já o Haitong diz que os resultados não são uma surpresa e apontam para uma forte aceleração dos fluxos de caixa nos próximos anos.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Março de 2016 às 10:17
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Os resultados operacionais da EDP ficaram acima do previsto, destaca o BPI, numa nota de análise divulgada esta sexta-feira, 4 de Março. Dados que reflectem factores ocasionais da EDP, mas também uma melhoria na unidade brasileira. Isto numa altura em que, estimam os analistas Bruno Silva, Flora Trindade e Gonzalo Sánchez-Bordona, a tendência negativa dos lucros terá chegado ao fim. Por isso, defendem o investimento numa empresa com uma "política de dividendos atraente".

A EDP registou um resultado líquido de 913 milhões de euros em 2015, menos 12% que no ano anterior. Para isso contribuiu a queda de 31% no quarto trimestre, período em que os lucros ficaram pelos 177 milhões. Ainda assim, o BPI destaca os "resultados operacionais melhores do que o previsto".

Os especialistas do banco notam que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 1% em termos homólogos, ficando 6% acima dos 878 milhões de euros previstos. "Cerca de 60% do desvio deveu-se a 40 milhões de um factor ocasional da EDP Renováveis", explicam os três analistas, sendo que o restante deriva de resultados acima do previsto na operação no Brasil.

Por isso, defende o BPI, "a EDP continua a ser uma proposta de valor". O banco destaca a "política de dividendos atraente, o risco operacional inferior ao do sector e uma carteira de geração [de energia] competitiva". Além disso, apontam os especialistas, "a tendência negativa nos lucros parece estar a chegar ao fim".

Ainda assim, alertam para "o endividamento relativamente elevado, a rendibilidade esticada no mercado ibérico e as preocupações regulatórias em Portugal". Factores que "justificam alguma preocupação no curto prazo", concluem.

Haitong optimista quanto ao futuro

"Vemos este conjunto de resultados como globalmente neutrais", destaca o Haitong. O analista Jorge Guimarães nota que "o EBITDA ficou ligeiramente acima, mas o resultado líquido foi ligeiramente inferior" à previsão média de todos os analistas. Mais importante, sublinha, é que "as tendências registadas são largamente conhecidas e semelhantes às dos últimos resultados trimestrais".

O especialista do banco de investimento afirma que "estes resultados não afectam a nossa perspectiva positiva para a EDP". Até porque "a empresa deverá começar a gerar níveis significativos de fluxos de caixa livres para os accionistas ["free cash flow to equity"] nos próximos anos", conclui o Haitong, estimando que atinja os 12% em 2016 e 2017, acelerando para 18% em 2018.

As acções da EDP seguem a perder 2,97% para 2,845 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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