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Abengoa pode protagonizar a maior falência da história empresarial espanhola

A Abengoa vai solicitar o procedimento para obter a protecção dos credores depois da Gonvarri ter retirado o investimento de 350 milhões de euros. Uma das maiores empresas espanholas tem agora quatro meses para evitar a falência.

Bloomberg
25 de Novembro de 2015 às 18:52
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A confirmar-se a falência da Abengoa, esta é a maior falência da história empresarial espanhola, escreve o jornal Expansión esta quarta-feira, 25 de Novembro. As acções da multinacional da área da energia e tecnologia ressentiram-se na bolsa.

 

A situação crítica provocou a debandada dos investidores. As acções recuram 69,21% e fecharam a sessão a perder 53,85%.

A Abengoa nasceu em 1941 com o objectivo de fabricar contadores eléctricos, ainda que a situação económica da época tenha impedido o projecto. A empresa começou então a dedicar-se à elaboração de estudos técnicos e montagens eléctricas. Depois dos anos 50, a empresa sevilhana estendeu-se ao resto da Andaluzia e posteriormente a todo o território espanhol. Nos anos 60 iniciou o seu processo de internacionalização.

 

Actualmente a Abengoa desenvolve o seu negócio nos sectores da energia e ambiente através das actividades de construção e engenharia. A empresa está presente em mais de 80 países.

 

Agora, a empresa vê-se obrigada a solicitar "com a maior brevidade" a protecção dos credores para continuar a funcionar. O passivo total da empresa alcança actualmente os 27.356 milhões de euros, dos quais nove mil milhões de euros são por dívida financeira a entidades de crédito e cinco mil milhões de euros por dívidas aos fornecedores. Além disso, a multinacional acumula obrigações no valor de 2.700 milhões de euros.

 

Ainda assim, a empresa mantém o optimismo. "A sociedade continuará com o processo de negociação com as suas entidades credoras com a finalidade de alcançar um acordo que garanta a viabilidade financeira", refere um comunicado da Abengoa emitido esta quarta-feira.

 

Segundo o comunicado da Abengoa, a Gonvarri, filial do grupo Gestamp, recusou entrar no capital da empresa por "não cumprir as condições a que estava sujeita no acordo". A Gestamp anunciou que a decisão é definitiva.

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