Notícia
Alemanha suspende autorização para o gasoduto Nord Stream 2
O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou esta terça-feira que o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, que vai duplicar o volume de gás que chega à Alemanha através da Rússia, não pode avançar já, face ao escalar da tensão com a Ucrânia.
Sem certificação, não há gasoduto. A mensagem foi deixada esta terça-feira, em Berlim, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz. Face aos avanços da Rússia na Ucrânia, e os receios sobre o estalar iminente de uma guerra, a Alemanha decidiu suspender o processo de certificação do polémico gasoduto Nord Stream 2.
"À luz dos mais recentes desenvolvimentos, devemos reavaliar a situação do Nord Stream 2. O ministério da economia vai fazer uma nova avaliação sobre a segurança das nossas reservas face ao que mudou nos últimos dias", declarou o chanceler alemão em conferência de imprensa, citada pela Reuters.
O Nord Stream 2 é um gasoduto que, quando estiver em operação, vai duplicar o volume de gás natural que é transportado da Rússia para a Europa através da Alemanha. A infraestrutura, que atravessa a Ucrânia, está pronta, mas precisa da luz verde de Berlim para entrar em funcionamento. O acordo entre os dois países foi alvo de um processo de revisão no ano passado, ainda com Angela Merkel no poder, e é esse processo de certificação, ainda em curso, que agora é interrompido.
O projeto tem suscitado polémica no seio da União Europeia, e dos Estados Unidos, porque acentua a dependência energética da Europa face à Rússia, e também porque não inclui o pagamento de taxas de passagem à Ucrânia. Já no início de fevereiro o presidente dos EUA tinha afirmado que o Nord Stream 2 não entraria em funcionamento caso a Rússia invadisse a Ucrânia.
A tomada de posição alemã acontece um dia depois de a Rússia ter reconhecido os territórios separatistas de Donestk e Luhanks, no leste da Ucrânia. Uma ação que, para os líderes europeus, viola os acordos de paz de Minsk.
"À luz dos mais recentes desenvolvimentos, devemos reavaliar a situação do Nord Stream 2. O ministério da economia vai fazer uma nova avaliação sobre a segurança das nossas reservas face ao que mudou nos últimos dias", declarou o chanceler alemão em conferência de imprensa, citada pela Reuters.
O projeto tem suscitado polémica no seio da União Europeia, e dos Estados Unidos, porque acentua a dependência energética da Europa face à Rússia, e também porque não inclui o pagamento de taxas de passagem à Ucrânia. Já no início de fevereiro o presidente dos EUA tinha afirmado que o Nord Stream 2 não entraria em funcionamento caso a Rússia invadisse a Ucrânia.
A tomada de posição alemã acontece um dia depois de a Rússia ter reconhecido os territórios separatistas de Donestk e Luhanks, no leste da Ucrânia. Uma ação que, para os líderes europeus, viola os acordos de paz de Minsk.