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"Ilegal e inaceitável". União Europeia condena Rússia e avança com pacote de sanções

Foi convocada para a tarde desta terça-feira uma reunião informal dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, no final da qual será formalmente apresentado um primeiro pacote de sanções.

A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, já aprovou o programa apresentado por Portugal.
Martin Divisek/EPA
22 de Fevereiro de 2022 às 12:45
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Bruxelas está pronta para avançar com sanções à Rússia. Num comunicado conjunto enviado ao final desta manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, condenam as mais recentes posições de Vladimir Putin e indicam que vai ser apresentado formalmente esta tarde um primeiro pacote de sanções.

"A decisão da Federação Russa de reconhecer como entidades independentes e enviar tropas russas para certas áreas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia é ilegal e inaceitável. Viola o direito internacional, a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, os próprios compromissos internacionais da Rússia e agrava ainda mais a crise", indica a comunicação conjunta.

Os dois responsáveis saúdam a união dos Estados-membros "e a sua determinação em reagir com robustez e rapidez às ações ilegais da Rússia em estreita coordenação com os parceiros internacionais".

Esta tarde, pelas 15 horas de Lisboa, terá lugar uma reunião informal dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, presidida pelo Alto Representante. Após o encontro, será formalmente apresentado "sem demora" um primeiro pacote de sanções.

As medidas visam atingir a Rússia e os bancos que estão a financiar as investidas militares, limitando o acesso ao mercado europeu e direcionando o comércio das duas regiões separatistas para e da UE, "para garantir que os responsáveis sintam claramente as consequências económicas das suas ações ilegais e agressivas."

Bruxelas está disposta a endurecer ainda mais as sanções, podendo apresentar novas medidas numa fase posterior, se necessário, à luz de novos desenvolvimentos.

"Ambos os Presidentes, apoiados pelo Alto Representante, continuam a acompanhar de perto os desenvolvimentos no terreno e a consultar os outros dirigentes da UE e os seus homólogos internacionais," indica o comunicado.

A União Europeia segue assim o caminho do Reino Unido, com Boris Johnson a adiantar esta manhã querer avançar rapidamente com "duras" sanções económicas à Rússia. Também o chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou esta terça-feira ter suspendido o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 face ao escalar da tensão na Ucrânia.
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