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Ministro alemão diz que país pode viver sem gás russo

A Alemanha adiantou ontem que o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, que vai duplicar o volume de gás que chega à Alemanha através da Rússia, não pode avançar já, face ao escalar da tensão com a Ucrânia.

O gasoduto Nord Stream 2, que vai ligar a Rússia diretamente à Alemanha, permitirá duplicar as exportações de gás russo para a Europa.
Anton Vaganov/Reuters
23 de Fevereiro de 2022 às 07:52
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O ministro da economia alemão, Robert Habeck, adiantou que a Alemanha poderia viver sem o gás russo, mas avisou que isso iria aumentar os preços da energia.

 

"A possibilidade da Alemanha receber gás suficiente e recursos suficientes além das importações de gás russo existe e deve ser mais explorada", adiantou Habeck numa entrevista ao Deutschlandfunk, citada pela Bloomberg.

 

A Alemanha, assim como outros países europeus, depende fortemente das importações de gás natural que chegam da Rússia. No entanto, as tensões geopolíticas que se vivem entre a Rússia e a Ucrânia podem afetar o fornecimento de gás à Europa, além de estarem a puxar pelos preços.

Como uma das medidas tomadas na sequência do envio de militares russos para duas regiões separatistas na Ucrânia, a Alemanha anunciou ontem medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo na Europa.

 

"Penso que há uma boa hipótese de manter os fornecimentos de gás, carvão e petróleo para a Alemanha estáveis com medidas que já tomámos", adiantou Habeck.

 

O ministro alemão adiantou, porém, que o facto de se ter interrompido o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 não significa que a operação não será retomada. Ainda assim, referiu que não há pressa para o fazer.

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