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Sonae anuncia saída do BPI para reduzir endividamento; encaixa 73,4 milhões

A venda da posição de 4,31% da Sonae SGPS no Banco BPI no espaço de duas semanas permitiu à empresa liderada por Belmiro de Azevedo um encaixe de 73,4 milhões de euros que será canalizado para a redução da dívida.

25 de Abril de 2003 às 17:52
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A venda da posição de 4,31% da Sonae SGPS no Banco BPI no espaço de duas semanas permitiu à empresa liderada por Belmiro de Azevedo um encaixe de 73,4 milhões de euros que será canalizado para a redução da dívida.

A Sonae SGPS anunciou a saída do capital do Banco BPI, depois de ter alienado hoje em Bolsa a participação de 2% que ainda detinha no banco liderado por Santos Silva.

A alienação desta posição e de outra de 2,31% na semana passada permitiram um encaixe de 73,4 milhões de euros e mais valias de 10,5 milhões de euros.

A Sonae, nos últimos dois anos, efectuou parcerias para o lançamento de Ofertas Públicas de Aquisição sobre algumas participadas num contexto de queda dos mercados accionistas, aumentou o investimento nas telecomunicações e na indústria, esforços financeiros que resultaram numa dívida, no final de 2002, de 3,29 mil milhões de euros, e em perdas financeiras de 253 milhões de euros.

«Após esta venda (de 2%), a Sonae SGPS deixa de ter qualquer participação, directa ou indirectamente, no capital social do Banco BPI», afirma a empresa, sem especificar quem foi o comprador. A posição de 2,31% alienada na semana passada foi adquirida pelo fundo de pensões do BPI.

Alguns analistas afirmam que a Sonae quer concentrar-se na segunda fase de privatização da Portucel, tentando reunir algum «cash» com a venda de activos não estratégicos.

O rompimento do acordo com a empresa brasileira obriga à empresa de Belmiro à compra da sua posição na Portucel, numa operação de 136 milhões de euros, numa altura em que revela dificuldades em contrair mais empréstimos junto da banca.

«A banca trata a Sonae como uma PME», desabafou recentemente Belmiro de Azevedo, referindo-se às dificuldades sentidas em obter mais crédito.

Adicionalmente, se a empresa for a vencedora da segunda fase de privatização da Portucel, terá que, pelo menos, subscrever um aumento de 25% do capital da papepeira, em dinheiro ou activos. O capital social da Portucel ascende aos 767,5 milhões de euros.

As acções da Sonae fecharam nos 0,38 euros, a cair 2,56%, com 235.520 títulos negociados.

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