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“SIRESP não funciona de forma eficaz” no Colombo ou no Meo Arena
O presidente da Associação Sindical dos profissionais da Polícia (ASPP/PSP) diz que o SIRESP tem falhas no território nacional, dando como exemplo o Meo Arena e o Colombo. Paulo Rodrigues deixa ainda críticas à tutela, que não responde às necessidades destes profissionais.
Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos profissionais da Polícia (ASPP/PSP) disse, em entrevista à TSF, que há falhas do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) em vários pontos do país. E deu exemplos: "o Colombo e o Meo Arena são zonas que não têm uma rede eficaz, ou seja o SIRESP não funciona de forma eficaz."
Significa que "se houver uma situação complexa de segurança é muito difícil os polícias comunicarem dentro do Colombo ou do Meo Arena. São locais onde há muita gente e pode eventualmente acontecer uma situação em que a polícia tenha de intervir", salientou o responsável.
Quanto à capacidade de resposta da polícia, Paulo Rodrigues diz que "neste momento, a polícia não está numa situação saudável para poder, numa situação de catástrofe, responder efectivamente de forma muito capaz a essas situações. E não é por falta de qualidade nem de vontade dos profissionais. É por falta de organização, coordenação e meios. Isto é muito complicado", sublinha.
Paulo Rodrigues acusa ainda os vários de Governo de "desvalorizar completamente" as recomendações destes profissionais. "Foi diversas vezes referido não só ao anterior Governo como também a este Governo. Dissemos exactamente onde estavam as situações, o que é que era preciso mudar, rever. Fizemos questão de não tornar públicas essas situações porque podiam pôr em causa a segurança dos próprios polícias e infelizmente ainda não vimos qualquer acção. E isto é desvalorizar completamente", salienta.
Esta terça-feira, 27 de Junho, o Governo divulgou o relatório do SIRESP sobre o desempenho do sistema durante os incêndios de Pedrógão Grande, que vitimaram mortalmente 64 pessoas. Apesar de a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ter assumido falhas no SIRESP durante vários dias deste incêndio, o relatório conclui que "o SIRESP correspondeu e esteve à altura da complexidade" dos incêndios.