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Caldeira Cabral: "Resolver o problema das empresas contribui para resolver o da banca"
O ministro da Economia considera que resolver o problema da capitalização das empresas nacionais tem um efeito secundário positivo para o sector financeiro.
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O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu esta sexta-feira 15 de Abril que ao resolver-se o problema da capitalização das empresas portuguesas está a contribuir-se para resolver o da banca.
Num almoço/debate com empresários, organizado pela Associação Like Portugal Business Club, o ministro foi questionado pelo presidente da CIP, António Saraiva, sobre a criação, referida pelo primeiro-ministro numa entrevista à TSF e ao DN, de um veículo de resolução do crédito malparado
como forma de libertar o sistema financeiro para poder responder às necessidades de financiamento das empresas.
Manuel Caldeira Cabral destacou o programa capitalizar para sublinhar tratar-se de um programa para "solucionar problemas de financiamento das empresas e para reforçar a sua capacidade", tendo "um efeito secundário positivo para o sector financeiro".
"É positivo para a banca porque ajudará a haver menos crédito malparado e balanços mais sólidos", frisou o ministro, para quem "o objectivo número um, número dois e número três são as empresas, são as empresas, são as empresas".
"Um sistema financeiro mais saudável é algo que as nossas empresas também precisam", afirmou, sublinhando que se "só resolvermos os problemas dos bancos, não resolvemos o problema económico das empresas num momento em que a economia já está a recuperar".
Pelo contrário, afirmou, "se resolvermos os problemas das empresas estaremos sempre a contribuir para resolver o problema da banca porque a fragilidade de um conjunto importante de empresas que se está a reflectir nos balanços dos bancos".
"Estando a resolver um problema estaremos a contribuir para resolver o outro", afirmou Caldeira Cabral, frisando tratarem-se de dois problemas interligados, em que o Governo tem de trabalhar.
Na sua intervenção no almoço/debate, o responsável sublinhou que "melhorar a imagem de Portugal continua a ser preciso", mas destacou pela positiva o que o país tem para oferecer em termos de recursos humanos e infra-estruturas.