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Mota-Engil com contratos de 380 milhões no Malawi, Moçambique, Angola e Brasil

A manutenção de linha férrea e a melhoria de estradas fazem parte dos novos contratos que a Mota-Engil tem na África e na América Latina, depois de na semana passada ter sido noticiada a repavimentação no Paraguai.

A Mota-Engil não costuma integrar o top das mais lucrativas da bolsa nacional. No entanto, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins, conseguiu uma mais-valia extraordinária de 63 milhões de euros com a venda do negócio portuário e de logística. Essa operação contribuiu para um lucro de 64 milhões de euros no primeiro trimestre, 21 vezes mais que no mesmo período de 2015.
12 de Julho de 2016 às 20:57
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A Mota-Engil mantém a expansão internacional. Malawi, Moçambique, Angola e Brasil são os mercados onde a construtora tem novos contratos. O valor adjudicado à empresa ascende a 380 milhões de euros, segundo informou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

Em Moçambique e no Malawi, está em causa um "projecto de manutenção de linha férrea" numa operação que dura até cinco anos. São dois contratos feitos com a empresa brasileira Vale avaliados em 128,2 milhões de dólares – 116 milhões de euros.

 

Em Angola, a subsidiária da Mota-Engil assinou "um contrato de construção por 18 meses da estrada ‘Camama - Via Expresso/Luanda’, no valor de 101,5 milhões de euros, financiado ao abrigo do seguro da Export Credit Agency COSEC com Portugal, e um contrato para a revitalização dos eixos viários de Luanda (Fase II A) no valor de US$71,4 milhões [64,6 milhões de euros]", assinala o comunicado à CMVM.

 

Por fim, no Brasil, há um contrato também de melhoria de estradas, avaliado em 365 milhões de reais (110 milhões de euros), por um período de 39 meses.

 

Na semana passada, a imprensa paraguaia noticiou que a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins ganhou também, em consórcio, um contrato de 430 milhões de dólares, em torno de 390 milhões de euros, no Paraguai, para repavimentar a "pior estrada da América do Sul".

 

É na América do Sul que a Mota-Engil – que foi também notícia no início de Julho pelo facto de António Mota, a sua irmã Maria Manuela e a empresa terem pago 6,1 milhões de euros ao Fisco para não ser acusados por alegada fraude fiscal qualificada na sequência da Operação Furacão, segundo o Observador – quer crescer com a ajuda do seu novo consultor, o ex-vice-primeiro-ministro português Paulo Portas.

 

No primeiro trimestre do ano, África foi o mercado em que a Mota-Engil mais perdeu volume de negócios, 11%, ao contrário de América Latina, onde as receitas ascenderam 28%. No final de Março, a Mota-Engil tinha uma carteira de encomendas de quase 4 mil milhões de euros, ligeiramente abaixo da registada no final do ano: 48% na América Latina, 29% em África e 23% na Europa.

Segundo defendia a empresa no relatório dos primeiros três meses do ano, os "novos projectos previstos para África e América Latina davam suporte às perspectivas de crescimento a médio e longo prazo". 


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