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Sonae aumentou lucros em 21,9% em 2015

A empresa liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério viu o volume de negócios crescer 0,8% no ano passado, para mais de cinco mil milhões de euros. O grupo investiu 300 milhões de euros.

Ricardo Castelo
16 de Março de 2016 às 22:13
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A Sonae SGPS registou, em 2015, resultados líquidos atribuíveis a accionistas de 175 milhões de euros, uma subida de 21,9% em relação a 2014, segundo adiantou o grupo em comunicado à CMVM.


A empresa da Maia justificou este resultado com o "desempenho operacional da Nos e a qualidade dos activos da Sonae Sierra e da Sonae RP, bem como o esforço do retalho para oferecer a melhor proposta de valor e a aposta dos diversos negócios na sua crescente internacionalização", segundo o mesmo comunicado.


O volume de negócios do grupo atingiu os 5.014 milhões de euros, "valor que representa um aumento de 0,8% face a 2014 em virtude, principalmente, do desempenho positivo dos negócios de retalho", referiu o mesmo comunicado.

No retalho alimentar, a Sonae MC registou uma facturação de 3.490 milhões de euros, mais 0,8% do que 2014. No ano passado, a empresa "concretizou a abertura de 11 lojas Continente Bom Dia, 2 lojas Continente Modelo e 65 lojas Meu Super, o modelo de franquia de retalho alimentar", segundo o documento. Além disso, a MC reforçou a expansão internacional, "tendo firmado com o Fathima Group o primeiro acordo internacional de franquia, com o objectivo de estabelecer o hipermercado Continente nos Emirados Árabes Unidos em 2017", recordou o mesmo documento.


Por sua vez, no retalho especializado "o volume de negócios da Sonae SR atingiu 1.294 milhões de euros em 2015, aumentando 0,4% quando comparado com 2014, motivado pelo impacto positivo da unidade Internacional, que beneficiou do desempenho da Worten e da Sport Zone em Espanha", referiu o grupo no comunicado.


Na unidade de gestão de investimentos, a Sonae IM obteve um volume de negócios de 249 milhões de euros. Dentro desta área, "a Saphety aumentou de forma significativa o volume de negócios e a rentabilidade em 2015, ao mesmo tempo que registou uma forte actividade comercial, prosseguindo a sua expansão internacional, com as receitas internacionais a representarem mais de 30% do total", adiantou a Sonae.


A Sonae Sierra, gestora de centros comerciais, aumentou o resultado directo em 15,7%, para 61 milhões de euros. Na área das telecomunicações, as receitas operacionais da Nos aumentaram 4,4%, para 1.444 milhões de euros.


Em termos consolidados, o underlying EBITDA da Sonae foi de 331 milhões de euros, menos 13% do que em 2014 e o EBITDA fixou-se em 393 milhões, uma redução de 5,8%. O resultado directo aumentou 1,1% para 128 milhões e o resultado indirecto foi de 49 milhões.


A dívida total do grupo atingiu os 1.293 milhões de euros, uma redução de 20 milhões face ao montante atingido no terceiro trimestre de 2015, "apesar do pagamento antecipado de dividendo realizado em Dezembro. Excluindo este pagamento, a redução de dívida face ao final de 2014 teria sido de 30 milhões de euros", adiantou o grupo.


Angelo Paupério, co-CEO da Sonae, citado no mesmo comunicado, realçou "a mudança organizacional, que permitiu conferir aos diferentes negócios muito maior autonomia e foco estratégico, aumentando também a flexibilidade e agilidade necessárias para fazer face às cada vez mais frequentes alterações do enquadramento".

A empresa investiu 300 milhões de euros. Além disso, a Sonae apoiou 1.577 instituições, num total de 85 milhões de euros. 

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