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Margens da Sonae batem estimativas. Analistas optimistas para as acções

A Sonae apresentou lucros que não surpreenderam, mas as margens bateram as expectativas dos analistas. As acções estão a valorizar.

Paulo Azevedo é o 45.º Mais Poderoso 2015
Uma descida grande para o presidente executivo e “chairman” da Sonae no ano em que assumiu o lugar do pai como presidente do
conselho de administração, mas que passou a dividir o poder executivo com Ângelo Paupério. A Sonae de Paulo Azevedo é uma empresa discreta. Perde poder também pelo peso de novos protagonistas na economia portuguesa . Mas também por razões próprias. Não tem conquistado poder político nem mediático. E o poder que tem na sua rede empresarial não aumentou.
17 de Março de 2016 às 09:34
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A Sonae apresentou resultados líquidos de 175 milhões de euros, um valor que ficou aquém das expectativas dos analistas. Contudo, o foco vai para as margens registadas pela "holding" que detém o Continente. Um facto que leva os bancos de investimento a acreditar numa recuperação a prazo dos títulos.

"O resultado líquido cresceu 21% em termos homólogos, 9% abaixo do projectado, com custos financeiros inferiores a não compensarem valores acima do esperado de amortizações, provisões e de custos não recorrentes", refere o CaixaBI. Tanto o BPI como o Haitong sublinham, no entanto, a evolução da margem.


"A Sonae apresentou uma margem de EBITDA melhor do que o esperado, apesar do aumento dos extraordinários", refere o BPI. "Pensamos que o mercado irá receber bem o facto de a Sonae ter superado as expectativas ao nível da margem, o que poderá levar a alguma revisão das estimativas do consenso para os números de 2016", diz o Haitong.


"Prevemos uma reacção positiva das acções", acrescenta o banco de investimento, expectativa que está a ser confirmada pelo mercado. Os títulos da Sonae seguem a valorizar 0,48% para 1,05 euros, tendo chegado a subir um máximo de 1,91%. "O 'investment case' [tese de investimento delineada pelo banco] mantém-se inalterado, com a nossa recomendação de 'comprar' a ser suportada pelo potencial de valorização de 50% até à nossa estimativa de valor justo", refere o CaixaBI, que avalia as acções em 1,55 euros. Mas não é o único a ter esta perspectiva positiva: todos recomendam "comprar".


"Ainda prevemos um anos de 2016 difícil no retalho alimentar, mas as recentes medidas anunciadas pelo Governo português deverão ajudar a aumentar o rendimento disponível das famílias o que poderá puxar pelo mercado", diz o BPI. "Esperamos que a Sonae apresente indicadores chave de desempenho mais sustentáveis ao longo de 2016 o que, associado a alguma simplificação da estrutura, leva-nos a manter uma visão positiva sobre os títulos", remata. O preço-alvo é de 1,55 euros.


O Haitong conclui afirmando que "à medida que os investidores começarem a sentir-se confiantes de que o EBITDA da Modelo Continente já atingiu o fundo, as operações principais do retalho deverão levar a uma reavaliação das acções face aos níveis deprimidos em que se encontra". Ou seja, começará a valorizar. O Haitong tem uma avaliação de 1,35 euros. Reitera a Sonae como uma das suas "balas de prata" em Lisboa.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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