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Bolsa nacional inverte para terreno negativo à boleia da Europa
O PSI-20 desce menos de 0,5% numa altura em que os principais índices europeus caem mais de 1,5%. A pressionar a bolsa nacional estão, sobretudo, o BCP e a Jerónimo Martins,
A bolsa nacional, que já esteve a subir quase 2% esta manhã, inverteu para terreno negativo, acompanhando o pessimismo da Europa. O PSI-20 cai 0,27% para 5.096,96 pontos, com dez cotadas em queda, seis em alta e uma inalterada.
Lisboa é a praça europeia menos penalizada nesta altura, já que os principais índices registam perdas superiores a 1,5%. As decisões da Fed – que manteve os juros inalterados e sugeriu um abrandamento do ritmo de subida - animaram os mercados esta manhã. No entanto, os riscos "económicos e financeiros" assinalados pela presidente Janet Yellen começaram a pesar na análise dos investidores, assim como os anúncios do banco central da Noruega e da Suíça.
O banco central da Noruega cortou a taxa directora de 0,75% para 0,5% e admitiu a possibilidade de vir a baixar os juros para níveis negativos. Já o banco central da Suíça manteve a taxa de depósitos em -0,75% e reassegurou o seu compromisso de intervir no mercado cambial para evitar a apreciação do franco suíço.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 1,56% para 335,68 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas do sector financeiro.
Na bolsa nacional, a Jerónimo Martins e o BCP são as cotadas que mais pressionam o PSI-20. A retalhista cai 1,71% para 13,79 euros, enquanto a sua congénere do sector, a Sonae, desvaloriza 1,72% para 1,027 euros, depois de ter anunciado que os seus lucros aumentaram 21,9% em 2015.
Já o BCP recua 2,73% para 4,27 cêntimos, numa altura em que o BPI ganha 0,16% para 1,268 euros. Como escreve o Negócios esta quinta-feira, o anúncio oficial do acordo de divórcio amigável entre o CaixaBank e Isabel dos Santos no Banco BPI está dependente da formalização de diversas aprovações. Um dos passos imprescindíveis é a obtenção de luz verde de Luanda.
A evitar maiores perdas do PSI-20 nesta altura estão as cotadas do sector da energia. A EDP, que está no mercado para colocar obrigações a sete anos, ganha 1,20% para 3,041 euros, a REN avança 0,22% para 2,79 euros e a Galp Energia valoriza 2,43% para 11,39 euros.