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Receios sobre a banca ditam descidas das bolsas europeias

O índice europeu Stoxx 600 perde 0,99%, depois de ter estado a subir nos primeiros minutos da sessão. O PSI-20 também não escapa ao vermelho.

Bloomberg
17 de Março de 2016 às 10:53
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As indicações mais suaves dadas pela Reserva Federal dos Estados Unidos para a evolução das taxas de juro até podem ter dado alguma confiança aos investidores. Mas após as bolsas europeias terem negociado em terreno positivo no início da sessão, seguem agora com perdas. O Stoxx 600 perde 0,99%, com as quedas da banca a pressionarem.

O índice europeu que reúne os 47 bancos mais representativos das bolsas europeias perde 2,53%. Entre as maiores descidas estão os bancos italianos, com o Banco Popolare a cair mais de 8% e o Monte dei Paschi a ceder 5%, numa altura em que os analistas expressam dúvidas sobre o processo de consolidação no sector. Também o Deutsche Bank continua sob pressão. O co-CEO do banco germânico indicou na quarta-feira que o banco não iria regressar à rentabilidade em 2016, o que levou a uma pressão renovada nas acções. Perdem 4,26% esta quinta-feira.

Além da banca, outros dos sectores mais penalizados são o farmacêutico e o automóvel, com quedas em torno de 1,7%. Isto numa altura em que o euro valoriza, o que tende a ser visto como negativo para as cotadas com uma elevada proporção das vendas para fora da Zona Euro.

Indústria mineira e petrolíferas em alta

As acções de empresas mineiras e das petrolíferas impedem um maior prejuízo do índice europeu. O sector da indústria mineira ganha 4,36%, após os comentários da Fed terem levado a uma descida do dólar e a uma recuperação no valor das matérias-primas. A Glencore, a Anglo American e a BHP Billiton escalam mais de 7%.

Também as petrolíferas estão a beneficiar da recuperação dos preços do petróleo, com o índice do sector a avançar 1,45%. A Galp está na lista das três maiores subidas, com uma valorização superior a 2%.

Além destes dois sectores, apenas o índice das empresas de utilidade pública consegue escapar às perdas, com uma valorização ligeira de 0,14%. Os restantes 16 sectores negoceiam no vermelho.

PSI-20 segue guião europeu

Apesar dos ganhos da Galp, o PSI-20 também não escapa às descidas, apesar de mais contidas do que no índice europeu. Além da Galp, também a EDP está a impedir uma maior perda do PSI-20, ao avançar mais de 1%. A eléctrica está no mercado para realizar uma operação de financiamento a sete anos, segundo a Bloomberg.

Mas apesar dos ganhos das duas maiores cotadas nacionais, as quedas da banca e das retalhistas estão a penalizar. O BCP perde mais de 4% e o BPI cede 0,47%. Já a Sonae e a Jerónimo Martins descem 2,01% e 1,67%, respectivamente. Isto apesar dos resultados da dona do Continente terem mostrado margens que mereceram nota positiva dos analistas

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