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Nos é a nova "bala" do Haitong para acertar na bolsa de Lisboa

O banco de investimento adicionou a empresa liderada por Miguel Almeida, mas retirou a Portucel e a REN de um "tambor" em que continuam mais duas cotadas nacionais. São três em seis ibéricas eleitas pelo Haitong.

O Haitong avalia as acções da Nos em 7,60 euros, o que implica um potencial de valorização 41%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que depois de um período de “forte crescimento e investimentos, a Nos atingiu as suas metas de quota de mercado e crescimento dois anos antes do previsto”. 2017 deverá ser um “ano muito importante” para a empresa liderada por Miguel Almeida, pois deverá marcar uma inflexão na estratégia da cotada, passando a privilegiar a geração de “cash flow” e a remuneração aos accionistas, em detrimento da conquista de quota de mercado.

Devido ao reduzido nível de endividamento, o Haitong estima que a Nos seja “mais agressiva” no seu compromisso com o pagamento de dividendos, “compensando os investidores pela espera nos últimos anos marcados pelo forte investimento”. A estimativa aponta para um dividendo por acção de 25 cêntimos a pagar este ano, o que compara com 16 cêntimos no ano passado. Em 2018 a remuneração accionista deverá subir para 38 cêntimos e em 2019 para 46 cêntimos.
11 de Abril de 2016 às 07:00
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Não está a ser um ano fácil para quem investe nos mercados accionistas. A volatilidade é elevada e deverá continuar a sê-lo. Mas há empresas que podem ser tiros um pouco mais certeiros. É, pelo menos, isso que acredita o Haitong. E uma dessas é a Nos, que passou a ser uma das "balas de prata" para investir neste segundo trimestre. Foi uma das entradas num "tambor" ibérico onde se mantiveram outras duas cotadas nacionais, mas do qual saíram outras duas.

A Nos é a grande novidade entre as apostas do banco que procura "empresas com forte potencial de subida suportado nos fundamentais ou associado a eventos específicos". No caso da empresa liderada por Miguel Almeida, a eleição resulta do facto de o Haitong  acreditar que o mercado tem estado a castigar em demasiado os títulos devido aos milhões de euros que vai gastar com direitos de transmissão desportiva. "Os impactos negativos nos fluxos de caixa serão quase inevitáveis", mas "calculamos que o impacto anual nos fluxos de caixa seja de 25 milhões de euros".

Neste sentido, o Haitong defende que a "ameaça dos custos dos conteúdos parece exagerada", assim como a reacção das acções que, na sua perspectiva, têm uma elevada margem de progressão. Depois da forte queda este ano, podem valorizar 35% para os 7,90 euros, a mais recente avaliação atribuída a títulos que estão a cotar nos 5,87 euros.

A Nos junta-se assim à Sonae e aos CTT nas "balas de prata" que contam ainda com as espanholas Ebro Foods, Gamesa e Euskaltel. A Sonae mantém-se no "tambor" devido à Nos, mas também à expectativa de "consolidação das tendências positivas no retalho" que tornará ainda mais atractiva a sua avaliação, já os CTT têm como arma a elevada rendibilidade do dividendo: cerca de 6%.

A armada lusa conta agora com apenas três elementos, isto depois de à entrada da Nos terem sido retiradas a Portucel e a REN. Enquanto a REN ainda subiu 1% nos primeiros três meses, a papeleira caiu 12%, colocando pressão no desempenho das  "balas de prata" nesse período. O cabaz das eleitas perdeu 4,9% nos primeiros três meses, ainda assim menos do que os 5% do Ibex-35 e 6% do PSI-20.

Apesar da menor representatividade, os títulos nacionais apresentam das maiores margens de progressão face às avaliações do Haitong. A Euskaltel arrasa com um potencial de mais de 50%, mas logo atrás surgem os CTT e a Sonae, sendo a Nos aquela que pode valorizar menos das três, apesar do potencial elevado.

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