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EDP e CTT levam PSI-20 para terreno negativo
A bolsa nacional inverteu a tendência positiva da abertura, pressionada pelas descidas da EDP e dos CTT. Na Europa, os principais índices também seguem no vermelho, no arranque da época de resultados.
A bolsa nacional, que iniciou o dia em alta ligeira, já inverteu para terreno negativo. Depois de duas sessões consecutivas de ganhos, o PSI-20 desce 0,32% para 4.862,89 pontos, com 12 cotadas em queda, cinco em alta e uma inalterada.
Na Europa, a tendência é igualmente negativa, com os principais índices a registarem descidas em torno de 0,5%, numa altura em que as empresas começam a apresentar os seus resultados dos primeiros três meses do ano.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,44% para 331,40 pontos, pressionado sobretudo pelas empresas de bens de consumo, cujas descidas estão a ser lideradas pela LVHM. A empresa que detém as marcas Moët & Chandon, Hennessy e Louis Vuitton desvaloriza 3,29% para 141,25 euros, depois de ter apresentado resultados que ficaram aquém das estimativas dos analistas.
Na segunda-feira, a LVHM reportou uma subida das vendas de 4% para 8,62 mil milhões de euros, quando os analistas esperavam um total de 8,73 mil milhões. A Hermes cai 1,51% e a Burberry desvaloriza 2,16%.
Na bolsa nacional, a EDP e os CTT são as cotadas que mais pressionam o PSI-20. A eléctrica liderada por António Mexia cai 0,75% para 2,916 euros, enquanto a EDP Renováveis recua 0,56% para 6,38 euros. A contrariar esta tendência negativa na energia está a Galp, que sobe 0,58% para 11,215 euros acompanhando os ganhos do petróleo nos mercados internacionais.
Já os CTT descem 1,11% para 7,868 euros.
A contribuir para a descida do PSI-20 está ainda a Jerónimo Martins, com uma desvalorização de 0,48% para 14,42 euros. Ainda no retalho, a Sonae recua 0,91% para 98,2 cêntimos.
A evitar maiores descidas do índice nacional estão, por outro lado, o BCP e a Mota-Engil. O banco liderado por Nuno Amado ganha 0,6% para 3,34 euros, numa altura em que as acções do BPI continuam suspensas com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a aguardar esclarecimentos sobre o acordo alcançado entre os espanhóis do CaixaBank e a Isabel dos Santos para reduzir a exposição do banco a Angola.
Já a construtora sobe 0,73% para 1,79 euros, num dia em que o Negócios avança que a empresa está a preparar o redimensionamento da sua estrutura de pessoal em Angola.