Notícia
Sacos de plástico leves desapareceram, mas há quem tenha deixado de separar o lixo
As lojas e supermercados deixaram praticamente de usar sacos de plástico leves desde que entrou em vigor a nova taxa. Há mais gente a separar lixo, mas também quem admita que deixou de o fazer por já não ter os sacos de plástico gratuitos, diz o Público.
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Um ano e meio depois de ter entrado em vigor a taxa dos sacos de plástico, que incide sobre os chamados sacos leves, de 0,05 milímetros de espessura, apenas 9% do grande comércio ainda continua a usá-los. A maioria substituiu-os por sacos de papel ou por sacos de plástico mais grossos e reutilizáveis.
Os dados são da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e são citados esta terça-feira, 6 de Setembro, pelo jornal Público.
Antes da reforma da fiscalidade verde, que entrou em vigor no início de 2015, 74% das lojas usava sacos leves e só 19% optava pelo papel. Segundo a APED, verificou-se uma redução de 95% de sacos leves em número de unidades introduzidas no mercado. Por outro lado, registou-se uma diminuição de 71% na utilização de sacos, incluindo os de lixo. Segundo a directora-geral da APED, Ana Isabel Trigo, em declarações ao Público, a redução em peso do plástico foi de 40%.
Não havendo sacos de plástico leve, também não há taxa para o Estado. As pessoas compram os novos sacos ou reutilizam.
Também o Primeiro Grande Inquérito sobre Sustentabilidade em Portugal, divulgado esta terça-feira pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, indica que 69% dos inquiridos acreditam que a taxa sobre os sacos de plástico incentivou a reutilização de sacos para compras e 56,3% indicam que diminuiu o volume de lixo de plástico.
Por outro lado, 63,5% das pessoas admite ter passado a comprar sacos específicos para o lixo. Contudo, se 57,5% dos inquiridos diz que continua a fazer separação do lixo e 17,9% até afirma ter aumentado essa prática, uma fatia de 11% reconhece que a diminuiu, porque antes usava os sacos de plástico gratuitos para o fazer.