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Teixeira dos Santos responde a Pinhal. "Não sou padrinho para dar bênçãos"
O antigo ministro das Finanças foi acusado por Filipe Pinhal de ter feito parte de um "triunvirato" que deu "bênção" à guerra de poder no BCP. Vem agora defender-se, questionando a credibilidade do antigo gestor do BCP.
Não foi questionado sobre o assunto, mas fez questão de falar dele, com a leitura de uma declaração escrita. Fernando Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças durante o Governo de José Sócrates, foi acusado por Filipe Pinhal, antigo gestor do BCP, de ter sido um dos membros do "triunvirato" que deu "bênção" ao chamado "assalto ao poder" que houve no banco privado em 2008. O antigo governante vem agora defender-se e diz que não é "padrinho para dar bênçãos".
Teixeira dos Santos falava, esta quarta-feira, 19 de junho, na segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A acusação de que foi alvo foi feita nesta mesma comissão de inquérito. Aqui, Filipe Pinhal apontou para José Sócrates, então primeiro-ministro, Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio, na altura governador do Banco de Portugal, como "os três que constituem o triunvirato" que deu "bênção sobre toda a operação", referindo-se à guerra de poder que o BCP enfrentava então.
"Não promovi a saída de Carlos Santos Ferreira para o BCP", começou por dizer o antigo ministro, lembrando que foi "surpreendido" pela saída do então presidente da Caixa para a administração do banco privado. "Não sou padrinho para dar bênçãos", sublinhou.
Aliás, garantiu, naquela altura o seu foco estava sobretudo em assuntos como a crise do "subprime" e a agenda do Ecofin. "Não me preocupava com uma guerra de acionistas", frisou.
Sobre Filipe Pinhal, diz que o antigo administrador do BCP, que foi condenado pelo Banco de Portugal à proibição do exercício de funções em instituições financeiras pela prática de crimes relacionados com "offshores" e manipulação de mercado, Teixeira dos Santos diz que não pode aceitar que este "limpe a sua imagem sujando a de outros".
As afirmações do antigo gestor do BCP, acrescenta, baseiam-se em "presunções, opiniões e suposições", carecendo de uma "absoluta ausência de factos". E sublinha: "Gostaria de questionar a sua credibilidade, pois, após ter sido acusado e condenado pelo Banco de Portugal, não me surpreende que tenha querido aproveitar a ocasião para partilhar a sua versão.
Ao mesmo tempo, acusa o antigo banqueiro de "num dia dizer uma coisa e noutro dizer o seu contrário". Isto porque, recorda, quando Filipe Pinhal foi ouvido na primeira comissão parlamentar de inquérito à Caixa, afirmou que "não houve pressão por parte do Banco de Portugal em relação ao avançar, ou não, da sua candidatura".
Mais importante, a lista candidata à administração do BCP que era encabeçada por Carlos Santos Ferreira foi subscrita pelo próprio Filipe Pinhal. "Vejo a assinatura de Filipe Pinhal a subscrever a lista em que consta Carlos Santos Ferreira. Não vejo a minha. Não houve qualquer envolvimento da minha parte, do Ministério das Finanças e, que eu saiba, do Governo nesta matéria", concluiu.
Teixeira dos Santos falava, esta quarta-feira, 19 de junho, na segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A acusação de que foi alvo foi feita nesta mesma comissão de inquérito. Aqui, Filipe Pinhal apontou para José Sócrates, então primeiro-ministro, Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio, na altura governador do Banco de Portugal, como "os três que constituem o triunvirato" que deu "bênção sobre toda a operação", referindo-se à guerra de poder que o BCP enfrentava então.
Aliás, garantiu, naquela altura o seu foco estava sobretudo em assuntos como a crise do "subprime" e a agenda do Ecofin. "Não me preocupava com uma guerra de acionistas", frisou.
Sobre Filipe Pinhal, diz que o antigo administrador do BCP, que foi condenado pelo Banco de Portugal à proibição do exercício de funções em instituições financeiras pela prática de crimes relacionados com "offshores" e manipulação de mercado, Teixeira dos Santos diz que não pode aceitar que este "limpe a sua imagem sujando a de outros".
As afirmações do antigo gestor do BCP, acrescenta, baseiam-se em "presunções, opiniões e suposições", carecendo de uma "absoluta ausência de factos". E sublinha: "Gostaria de questionar a sua credibilidade, pois, após ter sido acusado e condenado pelo Banco de Portugal, não me surpreende que tenha querido aproveitar a ocasião para partilhar a sua versão.
Ao mesmo tempo, acusa o antigo banqueiro de "num dia dizer uma coisa e noutro dizer o seu contrário". Isto porque, recorda, quando Filipe Pinhal foi ouvido na primeira comissão parlamentar de inquérito à Caixa, afirmou que "não houve pressão por parte do Banco de Portugal em relação ao avançar, ou não, da sua candidatura".
Mais importante, a lista candidata à administração do BCP que era encabeçada por Carlos Santos Ferreira foi subscrita pelo próprio Filipe Pinhal. "Vejo a assinatura de Filipe Pinhal a subscrever a lista em que consta Carlos Santos Ferreira. Não vejo a minha. Não houve qualquer envolvimento da minha parte, do Ministério das Finanças e, que eu saiba, do Governo nesta matéria", concluiu.