Notícia
Joe Berardo "incrédulo com falta de memória" de Vítor Constâncio
"O senhor comendador está incrédulo com a falta de memória do ex-governador do Banco de Portugal", afirmou à Lusa fonte oficial da Fundação José Berardo.
18 de Junho de 2019 às 17:46
José Berardo manifestou-se "incrédulo com a falta de memória" de Vítor Constâncio, depois de o ex-governador do Banco de Portugal ter dito que só se reuniu uma vez com o empresário, disse à Lusa fonte da Fundação Berardo.
"O senhor comendador está incrédulo com a falta de memória do ex-governador do Banco de Portugal relativamente a uma reunião que mantiveram os dois, a sós, no mês de julho de 2007 na sede do Banco de Portugal", afirmou à Lusa fonte oficial da Fundação José Berardo.
O ex-governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio disse esta terça-feira, 18 de junho, que o empresário Joe Berardo mentiu no parlamento sobre alegadas reuniões entre ambos.
"Tudo isso é mentira", respondeu Vítor Constâncio à deputada do BE Mariana Mortágua, que citou palavras do empresário José Berardo no parlamento, em que afirmou que teve "diversas reuniões" com o então governador do BdP, mas que os assuntos mencionados ficavam "entre quatro paredes".
"Quando falei com Vítor Constâncio combinámos que ficava entre quatro paredes, que 'morria' ali, portanto não lhe posso responder. Ficou combinado e eu não vou dizer a ninguém. O homem está aí outra vez...", respondeu José Berardo a uma pergunta do deputado Duarte Marques (PSD) no dia 10 de maio, sobre a "necessidade de afastamento de Jardim Gonçalves" do BCP, de acordo com Mariana Mortágua.
Perante a pergunta sobre se Berardo se tinha reunido com Constâncio mais vezes, o empresário madeirense disse: "falei com ele diversas vezes, mas digo mais uma vez que ficou combinado que ficava entre quatro paredes", citou Mariana Mortágua.
"Quando fui lá estávamos entre quatro paredes e éramos só os dois", disse também José Berardo no dia 10 de maio.
Perante as citações de Mariana Mortágua, Vítor Constâncio disse que "tudo isso é mentira".
"E vou analisar essas declarações que ele fez, pelos vistos, aqui na comissão. Vou analisar essas mentiras", acrescentou o ex-governador do BdP.
Vítor Constâncio disse ainda não ter um "conhecimento tão descritivo" das palavras de José Berardo no parlamento, mas que as iria "examinar".
As declarações de José Berardo no dia 10 de maio contrariam ainda as de Vítor Constâncio feitas hoje, em que disse que se tinha reunido com o empresário madeirense uma "única" vez, e que Berardo pensava que iriam reunir-se a sós.
À pergunta da deputada do CDS-PP Cecília Meireles sobre quantas vezes se reuniu com José Berardo, Constâncio disse que se reuniu "uma vez" com o empresário, que terá ficado surpreendido com a presença de outras pessoas no encontro.
"Essa reunião lembro-me perfeitamente. Recebi o senhor José Berardo acompanhado pelo diretor de serviços jurídicos, José Queiró, e Silva Ferreira", disse hoje Vítor Constâncio.
De acordo com o também ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), a presença de mais pessoas "surpreendeu o senhor José Berardo", que quereria reunir-se a sós com Constâncio.
"José Queiró conta-me muitas vezes esta história como uma história bizarra e divertida dos seus tempos no Banco de Portugal", revelou Vítor Constâncio, uma vez que Berardo terá abandonado o encontro passados poucos minutos porque o governador estava "com advogados", e ter-se-á sentido "atrapalhado".
"O senhor comendador está incrédulo com a falta de memória do ex-governador do Banco de Portugal relativamente a uma reunião que mantiveram os dois, a sós, no mês de julho de 2007 na sede do Banco de Portugal", afirmou à Lusa fonte oficial da Fundação José Berardo.
"Tudo isso é mentira", respondeu Vítor Constâncio à deputada do BE Mariana Mortágua, que citou palavras do empresário José Berardo no parlamento, em que afirmou que teve "diversas reuniões" com o então governador do BdP, mas que os assuntos mencionados ficavam "entre quatro paredes".
"Quando falei com Vítor Constâncio combinámos que ficava entre quatro paredes, que 'morria' ali, portanto não lhe posso responder. Ficou combinado e eu não vou dizer a ninguém. O homem está aí outra vez...", respondeu José Berardo a uma pergunta do deputado Duarte Marques (PSD) no dia 10 de maio, sobre a "necessidade de afastamento de Jardim Gonçalves" do BCP, de acordo com Mariana Mortágua.
Perante a pergunta sobre se Berardo se tinha reunido com Constâncio mais vezes, o empresário madeirense disse: "falei com ele diversas vezes, mas digo mais uma vez que ficou combinado que ficava entre quatro paredes", citou Mariana Mortágua.
"Quando fui lá estávamos entre quatro paredes e éramos só os dois", disse também José Berardo no dia 10 de maio.
Perante as citações de Mariana Mortágua, Vítor Constâncio disse que "tudo isso é mentira".
"E vou analisar essas declarações que ele fez, pelos vistos, aqui na comissão. Vou analisar essas mentiras", acrescentou o ex-governador do BdP.
Vítor Constâncio disse ainda não ter um "conhecimento tão descritivo" das palavras de José Berardo no parlamento, mas que as iria "examinar".
As declarações de José Berardo no dia 10 de maio contrariam ainda as de Vítor Constâncio feitas hoje, em que disse que se tinha reunido com o empresário madeirense uma "única" vez, e que Berardo pensava que iriam reunir-se a sós.
À pergunta da deputada do CDS-PP Cecília Meireles sobre quantas vezes se reuniu com José Berardo, Constâncio disse que se reuniu "uma vez" com o empresário, que terá ficado surpreendido com a presença de outras pessoas no encontro.
"Essa reunião lembro-me perfeitamente. Recebi o senhor José Berardo acompanhado pelo diretor de serviços jurídicos, José Queiró, e Silva Ferreira", disse hoje Vítor Constâncio.
De acordo com o também ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), a presença de mais pessoas "surpreendeu o senhor José Berardo", que quereria reunir-se a sós com Constâncio.
"José Queiró conta-me muitas vezes esta história como uma história bizarra e divertida dos seus tempos no Banco de Portugal", revelou Vítor Constâncio, uma vez que Berardo terá abandonado o encontro passados poucos minutos porque o governador estava "com advogados", e ter-se-á sentido "atrapalhado".