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RR: João Salgueiro diz que venda do Banif está por explicar
O antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos disse, em entrevista à Rádio Renascença, que a instituição bancária foi vítima da União Europeia, “que trata as coisas que se fosse o quintal deles”.
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João Salgueiro considera que a venda do Banif aos espanhóis do Santander "merecia e merece ser melhor explicada" porque aparentemente "havia propostas melhores". O ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) referiu, em entrevista à Rádio Renascença, na noite de terça-feira, dia 1 de Março, que não são conhecidas as razões pelas quais "só aparece um concorrente no final".
O responsável recordou ainda as notícias que davam conta da queda do Banif antes de acontecer: "há uma senhora que diz qualquer coisa sobre a eutanásia, há logo um processo crime de investigação. Há a divulgação de notícias que põem em causa o sigilo bancário, não é averiguado, não tem importância, e também é crime".
O Banif foi vendido no final de 2015, por 150 milhões de euros e João Salgueiro culpa também o Governo e a União Europeia pelo destino do banco. "O Estado português não se podia afastar daquilo", "não é possível dizer que alguém vai ser responsável por essa área e não conhecia o problema", criticou o ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos.
O responsável apontou o dedo a Bruxelas, referindo que o Banif caiu às mãos da União Europeia. E avisou: "é fácil suspeitar que isto é o paradigma do que vai acontecer nos outros casos a seguir". "Estou a falar [da venda] do Novo Banco, estou a falar da Caixa Geral de Depósitos, que tem sido um entrave a que se reforce o capital. Por um lado, diz que é obrigado a reforçar o capital, por outro lado, proíbe-se o aumento porque são ajudas de Estado. Isto não pode ser".
Quanto às divergências entre o Governo e o Banco de Portugal, Salgueiro diz que foi uma "falsa partida que, felizmente, se percebeu logo que não fazia muito sentido".