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Presidente do Deutsche Bank falha acordo com justiça dos EUA

Era elevada a expectativa para que este fim-de-semana fosse fechado um acordo com autoridades norte-americanas acerca da multa a aplicar ao Deutsche Bank, mas o CEO John Cryan não terá conseguido esse objectivo. As negociações continuam.

19 - John Cryan. O Co-CEO do Deutsche Bank ganhou 4,7 milhões de dólares em 2015, sendo que assumiu o cargo em Julho do ano passado. Agora lidera o banco sozinho e enfrenta fortes desafios, devido aos prejuízos de 6,8 milhões de dólares obtido no passado e aos receios com o nível de capital do banco.
reuters, bloomberg
09 de Outubro de 2016 às 16:45
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O presidente do Deutsche Bank, John Cryan, não terá conseguido chegar a acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acerca do valor da multa a aplicar ao banco alemão.

 

A notícia foi avançada pelo jornal alemão Bild am Sonntag e dá conta do resultado da reunião que decorreu sexta-feira ao final do dia em Washington, à margem da reunião anual do FMI e Banco Mundial.

 

As acções do Deutsche Bank, sob forte pressão na bolsa ao longo das últimas semanas, tinham recuperado nas últimas sessões precisamente devido às notícias que davam conta que estava perto de ser alcançado um acordo e que este seria selado este fim-de-semana.

Contudo, de acordo com a Bloomberg, apesar de não ter sido já fechado um acordo, as negociações entre ambas as partes vão continuar.

 

Os receios sobre a saúde financeira do maior banco da Europa acentuaram-se assim que foi conhecido o valor da multa que o Departamento dos EUA pretende aplicar ao Deutsche Bank. São 14 mil milhões de dólares, devido à venda irregular de produtos financeiros, um valor que os responsáveis do banco alemão se recusam a pagar.

 

O CEO do Deutsche Bank tem tentando passar a mensagem que o banco alemão está sólido e não necessita de ajudas públicas para pagar a multa e reforçar os rácios de capital.  Nas contas do banco está constituída uma provisão de apenas 5,5 mil milhões de euros para custas judiciais (e o caso nos EUA é apenas um de vários que o banco enfrenta).

 

De acordo com a Bloomberg, Cryan está em conversações informais com os bancos de Wall Street para preparar um aumento de capital de 5 mil milhões de euros.

 

O Qatar, cujos fundos da família real são já os maiores accionistas do Deutsche Bank, pode ganhar um maior controlo sobre o banco alemão, pois segundo a mesma agência de notícias, a participação accionista daqueles investidores poderá subir até aos 25% no âmbito desta operação de reforço de capitais.

 

Nem o banco nem os fundos comentaram as informações da Bloomberg que foram divulgadas um dia depois de o jornal germânico Handelsblatt ter avançado que um grupo de grandes empresas na Alemanha está a preparar-se para injectar 5 mil milhões de euros no Deutsche Bank caso seja necessário. 

 

Instado em Washington a comentar a situação do maior banco do país, o ministro das Finanças Wolfgang  Schaeuble afirmou apenas que "têm havido demasiadas conversas relacionadas com o Deutsche Bank".

 
(notícia actualizada às 20:05 com mais informação)

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