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Deutsche Bank volta a realizar uma colocação privada de dívida

Há dias, o banco alemão terá levantado mais de 2,7 mil milhões de euros numa venda privada de dívida. Agora, e segundo a Bloomberg, o Deutsche Bank voltou a emitir dívida no valor de mais de 1,3 mil milhões de euros.

reuters
12 de Outubro de 2016 às 07:57
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Há menos de uma semana, o Deutsche Bank AG terá levantado 3 mil milhões de dólares – mais de 2,7 mil milhões de euros – através de uma colocação privada de dívida. E nas últimas horas, de acordo com a Bloomberg, a instituição alemã, que tem estado na mira dos investidores devido à coima que terá de pagar nos Estados Unidos, voltou a realizar uma operação semelhante. Deverá ter colocado 1,5 mil milhões de dólares – mais de 1,3 mil milhões de euros – oferecendo para isso juros que representam o dobro do que foi pago há um ano, segundo a mesma fonte.

Uma fonte disse à agência de notícias que os investidores que compraram agora dívida do banco foram essencialmente os mesmos que já o tinham feito há dias. Mas pagaram um prémio ligeiramente abaixo desta vez – 290 pontos base acima da taxa de referência para os empréstimos. O prémio da venda realizada a 7 de Outubro era de 300 pontos base.

Ben Sy, da unidade de banca privado do JPMorgan, disse à Bloomberg, que "será dispendioso para o Deutsche Bank fazer uma emissão de dívida agora que tem de pagar uma prémio significativo, o que pode abalar a confiança dos investidores". "A venda privada de dívida mostra que ainda conseguem aceder ao mercado para financiamento para um período considerável", acrescentou.

Precisamente no passado dia 7 surgiram notícias que indicavam que o banco alemão estava a estudar as várias opções que tem disponíveis para reforçar os seus capitais e garantir que consegue enfrentar esta penalização.

No último fim-de-semana, foi noticiado que o presidente do Deutsche Bank, John Cryan, não terá conseguido chegar a acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acerca do valor da multa a aplicar ao banco alemão. A notícia foi avançada pelo jornal alemão Bild am Sonntag e dá conta do resultado da reunião que decorreu sexta-feira ao final do dia em Washington, à margem da reunião anual do FMI e Banco Mundial.

Apesar de não ter sido já fechado um acordo, segundo a Bloomberg, as negociações entre ambas as partes vão continuar.

Os receios sobre a saúde financeira do maior banco da Europa acentuaram-se assim que foi conhecido o valor da multa que o Departamento dos EUA pretende aplicar ao Deutsche Bank. São 14 mil milhões de dólares, devido à venda irregular de produtos financeiros, um valor que os responsáveis do banco alemão se recusam a pagar.

O CEO do Deutsche Bank tem tentando passar a mensagem que o banco alemão está sólido e não necessita de ajudas públicas para pagar a multa e reforçar os rácios de capital.  Nas contas do banco está constituída uma provisão de apenas 5,5 mil milhões de euros para custas judiciais (e o caso nos EUA é apenas um de vários que o banco enfrenta).


De acordo com o que avançava a Bloomberg no domingo, Cryan está em conversações informais com os bancos de Wall Street para preparar um aumento de capital de 5 mil milhões de euros.

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