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Deutsche Bank regressa inesperadamente aos lucros

O maior banco alemão voltou aos lucros no terceiro trimestre deste ano, contrariando todas as expectativas. Os analistas esperavam prejuízos de quase 400 milhões de euros.

reuters
27 de Outubro de 2016 às 07:46
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Contrariando as expectativas dos analistas, o Deutsche Bank regressou aos lucros no terceiro trimestre deste ano, um período marcado pela redução dos custos e pelo aumento das receitas na unidade de investimento.

Segundo os dados revelados esta quinta-feira, 27 de Outubro, o maior banco alemão fechou o terceiro trimestre com lucros de 256 milhões de euros, um resultado que compara com os prejuízos de 6,01 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. As receitas cresceram 2,2% para 7,5 mil milhões de euros.

Os números ficaram acima das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam perdas de 394 milhões de euros.

No período entre Julho e Setembro, as receitas de negociação cresceram 10% para 2,6 mil milhões de euros, impulsionadas sobretudo pela dívida e divisas.

Estes resultados foram alcançados num período em que a gestão do Deutsche Bank, liderada pelo CEO John Cryan, eliminou postos de trabalho, suspendeu o pagamento de dividendos e vendeu activos mais arriscados com o objectivo de aumentar a rentabilidade do banco e melhorar os níveis de capital.

"Continuamos a fazer bons progressos na reestruturação do banco. No entanto, nas últimas semanas, estes desenvolvimentos positivos foram ofuscados pela atenção em torno das nossas negociações (…) com os Estados Unidos", refere John Cryan, em comunicado, citado pela Bloomberg. "Isto tem um efeito perturbador. O banco está a trabalhar arduamente para alcançar uma resolução desta questão o mais rapidamente possível".

A administração do banco continua em negociações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para chegar a um acordo sobre o valor da coima a aplicar pela venda irregular de instrumentos financeiros, que foi inicialmente fixada em 14 mil milhões de dólares.

O anúncio desta penalização, em meados de Setembro, colocou o banco alemão no centro do furacão, com o mercado a recear sobre a sua capacidade de enfrentar a coima.

As acções do banco afundaram e chegaram mesmo a atingir um mínimo histórico a 30 de Setembro, nos 9,898 euros.

Apesar da recente recuperação, os títulos ainda acumulam uma desvalorização de 41% desde o início do ano. 

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