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Passos recusa dizer quem paga eventual indemnização em processo contra resolução do BES
"Não devo especular sobre essa matéria", diz o primeiro-ministro sobre vários processos judiciais em curso que querem revogar a resolução aplicada ao BES.
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Há vários processos judiciais que colocam em causa a resolução do Banco Espírito Santo mas Pedro Passos Coelho recusa-se a comentá-los neste momento. E nem diz mesmo quem terá de pagar uma eventual indemnização.
Os deputados da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES perguntaram sobre os efeitos que pode ter qualquer decisão contra a medida de resolução na sequência dos processos em curso. O primeiro-ministro nada quer dizer.
"Entendo que não devo especular sobre essa matéria, tanto mais quando foram propostas acções judiciais cujos contornos desconheço", afirmou o líder do Executivo na carta a que respondeu esta segunda-feira, 16 de Março.
Questionado sobre quem terá de pagar eventuais indemnizações a queixosos, se estes forem bem-sucedidos, também não há resposta por parte do primeiro-ministro. "Não vou especular sobre acções judiciais cujos contornos desconheço", assegurou.
Sem a resposta, fica-se sem saber quem poderá ficar com este eventual encargo: se o Estado, se o Banco de Portugal, se o fundo de resolução ou se outras entidades como o Novo Banco, actualmente em processo de venda.
Ficou já a saber-se que um dos processos que visava travar a resolução foi recusado pelo Tribunal Geral da União Europeia.