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Passos Coelho reitera que só soube da resolução do BES depois de ser decidida

Passos Coelho reitera que o Banco de Portugal se comprometeu perante o BCE a aplicar uma resolução ao BES antes de ter informado o Executivo. "O Governo não teve qualquer interferência na decisão de resolução do BES", asseverou o primeiro-ministro nas respostas por escrito à comissão de inquérito à gestão do BES e do GES.

Miguel Baltazar
16 de Março de 2015 às 18:05
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O primeiro-ministro recusa ter tido um papel na medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo. "O Governo não teve qualquer interferência na decisão de resolução do BES porque essa decisão compete ao Banco de Portugal nos termos da lei", defende Pedro Passos Coelho.

 

Aliás, segundo as respostas do chefe de Governo ao Parlamento, no âmbito das perguntas feitas por escrito pelos deputados da comissão parlamentar de inquérito, o Banco de Portugal comprometeu-se com a resolução sem ter comunicado ao Governo.

 

"A decisão foi comunicada, no dia 1 de Agosto de 2014, pelo senhor governador à senhora ministra de Estado e das Finanças depois de o mesmo ter assumido o compromisso, perante o conselho de governadores do Banco Central Europeu, de avançar com a medida de resolução", garantiu Passos Coelho nas respostas, indo de encontro ao que foi já dito na comissão de inquérito pela ministra das Finanças.

 

Perante a retirada de estatuto de contraparte do BES, o que o deixaria numa situação frágil no que diz respeito ao acesso a dinheiro, o Banco de Portugal comprometeu-se perante o Banco Central Europeu a resolver a situação. Esta resolução implicou o uso de 3,9 mil milhões de euros num empréstimo ao fundo de resolução da banca para que este pudesse capitalizar o Novo Banco no valor global de 4,9 mil milhões.

 

"Não tive nenhuma intervenção especial na situação, já que esta era objecto da intervenção do Banco de Portugal e não do Governo", reiterou Passos Coelho.

 

Em relação a este tema, o primeiro-ministro repetiu a ideia por várias vezes: "A medida de resolução do BES não foi, nem podia ter sido, objecto de qualquer discussão em conselho de ministros uma vez que se trata da competência do Banco de Portugal e, como já foi respondido anteriormente, eu só tive conhecimento dessa decisão no dia 1 de Agosto de 2014 por intermédio da senhora ministra de Estado e das Finanças". 

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