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Nem Eurofin nem "offshores": Joaquim Goes não tinha contacto com eles no BES

Joaquim Goes era administrador executivo do BES. Contudo, não tinha contacto com a Eurofin e desconhecia o uso de "offshores" que compravam acções do banco.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Dezembro de 2014 às 11:33
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Joaquim Goes, administrador executivo do Banco Espírito Santo desde 2000, desconhecia o uso de entidades "offshores" que tivessem como activo acções do banco. Questionado pela bloquista Mariana Mortágua sobre essas operações, que datam a 2000, Goes abanou a cabeça negativamente.

 

"É preciso ver quem é que fazia essas operações, quem é que tinha conhecimento das estruturas. Não era tema discutido na comissão executiva, não tenho conhecimento", respondeu Joaquim Goes na audição desta segunda-feira, 22 de Dezembro, na comissão de inquérito à gestão do BES e do GES. Estas "offshores" terão sido financiadas pelo banco para adquirir as suas próprias acções nos vários aumentos de capital. 

 

Questionado sobre dois administradores destas estruturas, Goes disse desconhecer ambos os nomes. A deputada informou que um dos nomes era também administrador da sociedade suíça Eurofin, com que o GES tinha ligações próximas.

 

"Eu trabalhava no BES, era administrador do BES. Não tinha qualquer ligação formal e explícita com as entidades do GES e muito menos com esta entidade Eurofin", esclareceu Joaquim Goes, dizendo que a ligação ao ramo não financeiro do GES não fazia parte do seu âmbito de actuação. 

 

"A realidade da Eurofin era uma realidade muito pouco clara, muito pouco conhecida", concluiu. A Eurofin, criada por um antigo colaborador do grupo, terá estado envolvida nas operações que causaram prejuízos superiores a mil milhões de euros do BES e pesaram nos resultados negativos de 3.577 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.  

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