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Maria Luís Albuquerque vê “problema de supervisão” mas confia em Carlos Costa

“Há claramente um problema de supervisão, que se manifestou nos vários problemas do sector financeiro”, assume a anterior ministra das Finanças. Sobre o papel do regulador, não se quer comprometer.

Bloomberg
21 de Dezembro de 2015 às 21:23
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Maria Luís Albuquerque acredita existir, em Portugal, um problema de supervisão na banca. Mas continua a confiar no governador da entidade que assegura essa supervisão, o Banco de Portugal.

 

"Há claramente um problema de supervisão, que se manifestou nos vários problemas do sector financeiro", comentou a ex-ministra das Finanças em entrevista à TVI, um dia depois de decidida a resolução do Banif.

 

Contudo, apesar disso, não vê problemas na liderança do Banco de Portugal que é, no país, o supervisor e regulador do sector financeiro e também a autoridade de resolução.

 

Maria Luís Albuquerque acrescentou que mantém a confiança no governador que reconduziu na primeira metade do ano. "Não tenho razão nenhuma para retirar confiança ao governador do Banco de Portugal".

 

No entanto, a deputada social-democrata defende que não tem informações para "poder fazer uma avaliação" do papel de Carlos Costa neste caso. "Não conheço os desenvolvimentos que terão levado a este desfecho. Não quero fazer críticas por fazer, nomeadamente à solução", declarou ainda à TVI.

 

Sobre a medida de resolução aplicada ao Banif, que envolveu 2.255 milhões de euros estatais depois de deduzidos dos 150 milhões pagos pelo Santander Totta na aquisição, a antecessora de Mário Centeno assegurou que não adiou a venda do banco do Funchal para que a venda do Novo Banco não fosse prejudicada.

 

Nas diferenças entre a resolução do BES e do Banif (ao contrário do Executivo de Passos Coelho, o actual Governo de António Costa assumiu a responsabilidade pela decisão), Maria Luís Albuquerque disse que tal não faz sentido: "a decisão não é deste Governo, como não seria de um outro Governo. É decisão da autoridade da resolução", que é o Banco de Portugal, quando a actividade do banco não está a resultar.

"Não é possível Governo nenhum escolher momentos convenientes para a resolução. Só uma circunstância em que haja falha de capital é que a resolução pode ser posta em prática", reafirmou, dizendo, por isso, não perceber as acusações de Mário Centeno, realçando por outro lado que o seu Governo "fez todas as tentativas" para conseguir aprovar em Bruxelas um plano de reestruturação do Banif e para o vender.

 

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