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Banqueiros deixados à margem da intervenção no Banif

Os banqueiros foram deixados à margem da medida de resolução do Banif, apesar de irem pagar 489 milhões de euros com esta intervenção. “A APB aguarda que o Governo e/ou o Banco de Portugal a contactem”, adiantou fonte da associação ao Negócios.

Paulo Duarte/Negócios
21 de Dezembro de 2015 às 16:22
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"A Associação Portuguesa de Bancos (APB) aguarda que o Governo e/ou o Banco de Portugal a contactem sobre a decisão tomada em relação ao Banif e seus contornos", revelou fonte oficial da entidade que representa os banqueiros portugueses em resposta às questões do Negócios.

 

A posição da APB mostra que os bancos, que vão ter de assumir 489 milhões de euros do custo da intervenção no Banif, foram deixados à margem da medida de resolução aplicada ao banco.

 

Há cerca de um ano e meio, quando o Banco de Portugal aplicou uma medida de resolução ao BES, criando o Novo Banco, a APB, liderada por Fernando Faria de Oliveira, foi previamente informada da decisão do supervisor. Desta vez, os banqueiros ficaram de fora do processo de decisão e nem sequer foram notificados.

O Banco de Portugal anunciou na noite de domingo que decidiu aplicar uma medida de resolução ao Banif, numa operação que incluiu a venda dos activos saudáveis do banco ao Santander Totta por 150 milhões de euros

Os bancos, através do Fundo de Resolução, vão pagar parte da factura da intervenção no Banif. Em causa estão 489 milhões de euros que este mecanismo injectou no banco no âmbito da medida de resolução decidida pelo Banco de Portugal.

 

No imediato, o Estado vai emprestar 489 milhões de euros ao Fundo de Resolução. No entanto, este valor terá que ser reembolsado, à medida que as contribuições regulares que os bancos têm de fazer para aquele mecanismo permitam a libertação de fundos.

 

Tendo em conta o peso de cada banco no Fundo de Resolução, a CGD e o BCP são os bancos que mais vão pagar pela intervenção no Banif. O banco do Estado terá de responder por mais de 20% daquele custo, ou seja, por cerca de 100 milhões de euros. Já a instituição liderada por Nuno Amado deverá ter um encargo ligeiramente inferior.

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