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"Lesados" fazem as pazes com Carlos Costa e pedem "estátua" para Carlos Tavares

Elogiou António Costa e criticou a postura política anterior. Lamentou a postura inicial contra o Banco de Portugal e agradeceu à instituição. Elogiou Carlos Tavares.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Dezembro de 2016 às 16:34
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A associação que representa os clientes do antigo BES com papel comercial das sociedades falidas do Grupo Espírito Santo deixou grandes elogios ao Governo e aos reguladores na procura de uma solução. Uma das grandes palavras de agradecimento foi a António Costa.

 

"Devemos todo este processo ao Dr. António Costa, que, de forma inteligente, apercebeu-se que não era um problema nosso mas do país", afirmou Ricardo Ângelo, presidente da inicialmente conhecida como Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial na apresentação dos resultados do grupo de trabalho que procurou uma solução para estes investidores.

 

Antes de mencionar o nome do primeiro-ministro, que estava ao seu lado na apresentação, Ricardo Ângelo frisou que o comportamento inicial dos investidores em papel comercial do GES, "de rua", "alterou-se quando o comportamento político se alterou".

 

O papel do "melhor amigo" Diogo Lacerda Machado, que mediou o grupo de trabalho com os reguladores e os lesados, também foi referido. Consegue, disse Ricardo Ângelo, "criar consenso entre o gato e o rato".

 

Outros grandes elogios foram para os reguladores que, durante meses, estiveram de costas voltadas, com Carlos Costa, do Banco de Portugal, a dizer que não tinha quaisquer responsabilidades sobre este caso, e com Carlos Tavares, antigo líder da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a defender o contrário.

 

Sobre Carlos Costa, Ricardo Ângelo admitiu "procedimentos errados" dos lesados, que se manifestaram com palavras duras contra o governador (que decidiu a resolução do BES e confirmou que os lesados não deveriam ser ressarcidos pelo Novo Banco) e quis "agradecer ao Banco de Portugal e a todos os seus elementos".

 

Já para Carlos Tavares, que não esteve presente na apresentação (estava a sua sucessora Gabriela Figueiredo Dias, houve elogios directos: "É um homem com H grande". "Foi extraordinária a sua capacidade e hombridade de manter a sua posição sempre atrás da justiça. Ficará na memória dos lesados. Merece uma estátua", disse.


Sobre a solução propriamente dita, Ricardo Ângelo deu poucos pormenores, tal como fizeram os outros dois intervenientes na apresentação, Diogo Lacerda Machado e António Costa. Não houve direito a perguntas na apresentação.

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