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Marcelo só comenta solução para os lesados depois de perceber financiamento

O Presidente da República disse hoje que ainda desconhece a solução apresentada pelo Governo para os lesados do BES e que vai tentar "perceber qual é o esquema em termos de financiamento" para depois comentar o acordo.

Uma tomada de posse ao ritmo de festa popular: Tomou posse e assegurou desde logo que se comprometia a ser um Presidente de 'todos sem excepção', 'nem a favor, nem contra ninguém'. Chegou oficialmente ao cargo com a certeza de ser um Chefe de Estado que recolhia enorme popularidade - uma sondagem publicada dia 9 de Março dava conta de que quase 90% dos portugueses lhe antecipavam uma melhor prestação face ao seu antecessor. Entrou no Palácio de Belém ao ritmo de uma festa popular, que se 'prolongou' por três dias e terminou com um banho de multidão na cidade do Porto. Aberto a receber beijos e abraços, o Presidente dos 'afectos' deu assim início ao seu mandato.
Bruno Simão
19 de Dezembro de 2016 às 18:37
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"Para já, não vou dizer nada, porque ainda não percebi exactamente qual é o esquema. Vou tentar perceber qual é o esquema em termos de financiamento, depois digo-vos", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no final de uma visita à Sinagoga de Lisboa.

 

O chefe de Estado, que antes desta visita esteve num centro de apoio social e numa igreja anglicana, repetiu várias vezes que ainda não conhece a solução para atenuar as perdas dos lesados do Banco Espírito Santo (BES): "Não conheço. Eu andei todo o dia, como sabem, em compromissos e cerimónias, e ainda não pude conhecer".

 

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que possivelmente falará do assunto na terça-feira.

 

"Como eu não conheço a solução, eu o máximo que posso é amanhã [terça-feira], havendo uma ocasião para nos encontrarmos, poder dizer o que penso do acordo. Hoje não tive oportunidade, foram testemunhas do que foi a minha vida", declarou.

 

"Eu sei que querem saber coisas sobre a matéria, mas eu amanhã [terça-feira], se puder, digo-vos", reiterou.

 

O Governo apresentou hoje à tarde o mecanismo que permitirá minorar as perdas de cerca de 4000 clientes do BES que compraram papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), que foi à falência, e cujo reembolso nunca receberam.

 

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, compete agora a cada um dos lesados "avaliar e decidir da sua adesão a esta solução", que no seu entender consiste num "compromisso equilibrado" que permite reforçar a confiança no sistema financeiro português.

 

"Não conseguimos o milagre de endireitar a sombra de uma vara torta", considerou o primeiro-ministro, declarando a sensação de "dever cumprido".

 

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