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Costa apresenta solução para lesados do BES mas recusa-se a responder a perguntas
O primeiro-ministro agendou para a sua residência oficial a divulgação da solução para os clientes do BES com papel comercial do GES. Fez uma intervenção. Sem direito a questões.
O primeiro-ministro deu a cara pela solução desenhada para os clientes do BES com papel comercial das empresas falidas do Grupo Espírito Santo mas não se mostrou disponível para responder às perguntas dos jornalistas.
Agendada para as 15:00 desta segunda-feira, 19 de Dezembro, a apresentação da proposta de solução teve lugar na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento. António Costa fez uma intervenção em que defendeu que existem "boas razões" para que os portugueses "tenham confiança nas instituições financeiras" e "nos produtos financeiros que estão colocados no mercado".
O líder do Executivo quis frisar aqueles que considera serem os sucessos do seu mandato, como a capitalização do "maior banco português" (CGD), ou a resolução de problemas "contenciosos com instituições europeias em matérias de exposição da banca portuguesa a outros mercados" (BPI).
Contudo, apesar da presença de mais de 20 jornalistas na sala, António Costa não se mostrou disponível para responder a perguntas – essa foi, aliás, uma mensagem deixada pelo gabinete de imprensa.
O líder da associação que representa o s lesados, Ricardo Ângelo, agradeceu a António Costa, a quem disse "dever" todo o processo de solução, que permitirá a recuperação de entre 50% a 75% do investimento aos cerca de 2.000 clientes do BES.
O amigo do primeiro-ministro Diogo Lacerda Machado falou enquanto porta-voz do grupo de trabalho que juntou o Banco de Portugal, a CMVM, o BES "mau", o Governo e a associação de "lesados", fazendo questão de frisar que a solução parte sempre de decisões individuais.