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Solução para "lesados" do BES apresentada às 15:00 na residência do primeiro-ministro
É na residência oficial ocupada por António Costa que se vão conhecer, esta segunda-feira, os resultados do diálogo entre o Governo e os reguladores para ressarcir os investidores em títulos de dívida do GES.
A solução para os "lesados" do Grupo Espírito Santo, à espera de recuperar algum do seu investimento há quase três anos, será conhecida esta segunda-feira. António Costa queria ter uma solução em Maio mas esta só chegou em Dezembro.
Está agendada para as 15:00 desta segunda-feira, 19 de Dezembro, a "apresentação dos resultados do procedimento de diálogo com os investidores não qualificados titulares de papel comercial do grupo Espírito Santo".
Numa nota enviada pelo gabinete de imprensa de António Costa é referido que a divulgação da solução terá lugar na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa.
Até ao momento, os jornais têm dado conta da solução que foi desenhada na sequência do memorando de entendimento assinado entre Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, BES "mau", associação de lesados e ainda o Executivo (representado por Diogo Lacerda Machado). Memorando esse assinado, também, na residência oficial do primeiro-ministro.
Aquilo que será apresentado esta segunda-feira – depois do adiamento face a sexta-feira, a primeira data avançada na comunicação social – são os resultados das conversações com estes intervenientes mas a solução contará com o Fundo de Resolução e, este fim-de-semana, ao Expresso, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, mostrou-se contra essa possibilidade.
Em cima da mesa está um mecanismo de reembolso através de um veículo, parcialmente suportado por financiamento do Fundo de Resolução (que contará inicialmente com um empréstimo de bancos), que permitirá aos clientes do ex-BES que adquiriram papel comercial da ESI e Rioforte receberem entre 50% e 75% do seu investimento. Os investidores que recebem metade da sua aplicação são os que colocaram mais de 500 mil euros no produto enquanto os que recuperam 75% da colocação investiram um montante inferior.
Os investidores que participam na solução, cerca de 2.000 clientes com uma colocação de 500 milhões de euros, terão de abdicar de participações em processos judiciais.
Em Março, quando foi assinado o memorando, a intenção do Governo era que houvesse uma solução em Maio. Não aconteceu. Só em Dezembro o evento está previsto.