Notícia
La Caixa vende 2% do CaixaBank por 566,4 milhões de euros
Mesmo com um desconto de 3% face ao fecho anterior, o La Caixa encaixou 566,4 milhões de euros com a alienação de acções do CaixaBank. Ficou com 54% do capital depois da operação.
A fundação espanhola La Caixa vendeu uma pequena parte do capital do seu banco, o CaixaBank, que é o principal accionista do português BPI. Por vender 2,28% do capital, recebeu 566,4 milhões de euros.
Em comunicados publicados na manhã de quarta-feira, 24 de Junho, o grupo catalão informa que, no âmbito de um processo de colocação acelerada junto de investidores qualificados e/ou institucionais, foram vendidas 131,7 milhões de acções do CaixaBank que, na semana passada, desistiu de adquirir o BPI através de uma oferta pública de aquisição.
"O montante da operação ascendeu a um total de aproximadamente 566,4 milhões de euros, sendo o preço de venda de 4,30 euros por acção", assinala o comunicado em que é revelado o valor da operação. Não se sabe quem é o comprador - ou compradores - desta tranche que resulta de aumentos de capital aprovados pela assembleia-geral de accionistas da instituição financeira a 24 de Abril de 2014.
Os 4,30 euros praticados na venda comparam com os 4,441 euros com que os títulos da instituição financeira encerraram na sessão de terça-feira na Bolsa de Madrid, um desconto de 3%.
O preço obtido pela alienação de 2% do capital do CaixaBank, operação liderada pela Morgan Stanley, é superior ao valor de mercado de empresas portuguesas como a Mota-Engil. Representa praticamente um terço da capitalização bolsista do banco no qual tem uma participação de 44,1%, o BPI. O banco catalão está avaliado, aos preços de ontem, em 25,6 mil milhões de euros.
Na sequência da operação, e citando dados do jornal espanhol Expansión, a fundação La Caixa ficará com cerca de 54,12% do capital do CaixaBank.
Neste momento, o banco liderado por Gonzalo Gortázar está a avaliar as alternativas estratégicas para o BPI depois da recusa dos accionistas do banco português em desblindar os estatutos, o que faz com que tenha 20% dos direitos de voto e não os 44,1% de capital que possui. O fim da limitação dos direitos de voto era uma condição de eficácia para a oferta pública de aquisição que lançou sobre o banco sob o comando de Fernando Ulrich. Sendo rejeitada, a OPA caiu.
