A Fitch baixou a perspectiva positiva que tinha atribuído ao BPI, mas manteve o seu rating em BB. A justificar o corte de ‘outlook’ está a retirada da oferta de compra lançada pelos catalães do CaixaBank.

No passado dia 19 de Maio, a Fitch fez uma razia aos ratings da banca europeia, incluindo a portuguesa, para harmonizar as classificações de risco às novas regras de resolução da banca, que pressupõem uma menor ajuda estatal.

Nessa altura, cortou o rating do BPI, de BB+ para BB [ou seja, do primeiro para o segundo nível de ‘lixo’, a chamada categoria especulativa], mas melhorou a perspectiva de ‘neutral’ para ‘positiva’, devido "ao potencial efeito positivo na avaliação da oferta voluntária do Caixabank pelas restantes acções do BPI".

Agora, com a desistência dos catalães no passado dia 18 de Junho, a Fitch retirou a perspectiva positiva, mas considera-a ‘estável’. Ou seja, melhor do que o ‘neutral’ que tinha antes de 19 de Maio.

Esta terça-feira, também a agência Standard & Poor’s se pronunciou sobre o BPI, dizendo ter uma perspectiva ‘negativa’ para o banco, justificada com "o risco de uma mudança na propriedade depois do falhanço dos planos do CaixaBank para aumentar a sua participação no banco".

A S&P tem um rating de BB- para o BPI, que corresponde ao terceiro nível de lixo.