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Juncker: "Temos confiança nas autoridades portuguesas para resolver os problemas da banca"

O responsável comunitário revelou que falou com o primeiro-ministro português sobre a situação no BES. "Ainda não saímos do túnel, mas houve um grande progresso", garantiu o antigo primeiro-ministro luxemburguês.

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O presidente da Comissão Europeia está confiante que o Banco de Portugal e o Governo português vão conseguir resolver a crise que está a afectar o BES.

 

"Temos confiança na sabedoria e inteligência das autoridades portuguesas para resolver os problemas do sector financeiro", disse Jean-Claude Juncker esta segunda-feira (dia 4 de Agosto), citado pela agência Bloomberg.

 

De visita à Grécia, o responsável comunitário revelou que falou com o primeiro-ministro português sobre a situação no Banco Espírito Santo.

 

"Ainda não saímos do túnel, e eu não gostaria de dar a impressão de que deixámos todos os problemas para trás, mas houve um grande progresso", afirmou sobre a situação no BES, citado pela Reuters.

 

A Comissão Europeia deu o seu aval ao resgate de 4,9 mil milhões de euros no BES esta segunda-feira. No comunicado publicado nos primeiros minutos desta segunda-feira, Bruxelas argumenta que uma "resolução desordeira do BES poderia criar um sério problema na economia portuguesa e que a criação do Novo Banco é adequado para prevenir essa ocorrência".

 

Durante um encontro com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, o antigo primeiro-ministro luxemburguês salientou também que a crise da Zona Euro ainda está longe de terminar.

 

"Nós percorremos uma longa distância, mas ainda não chegámos ao fim. Muitos desenvolvimentos e eventos demonstram-nos o quão frágil é a situação na Grécia, assim como noutros países. Mas há sinais positivos, também em Portugal", disse.

 

Nesse sentido Juncker enfatizou que o caminho do rigor é mesmo para continuar. "Não estou a dizer que o rigor orçamental atingiu o seu termo, o rigor permanece válido neste país [Grécia] como noutros."

 

Há, todavia, nas declarações do próximo presidente da Comissão Europeia uma nova agenda ou, pelo menos, a vontade de reorientar as prioridades da Europa para os anos vindouros. "Precisamos de disciplina orçamental e de credibilidade financeira, mas também precisamos trabalhar para o crescimento", assumiu.

 

Em Atenas, o novo presidente da Comissão Europeia - toma posse a 1 de Novembro - rejeitou a possibilidade da Grécia efectuar uma nova reestruturação da sua dívida e deu o exemplo da Argentina, que recentemente entrou em incumprimento de pagamentos. 

 

Se não fosse o euro a Grécia teria seguido o caminho da Argentina

No entender do luxemburguês, a Grécia deve à permanência na Zona Euro não ter seguido um caminho semelhante ao do argentino, regozijando-se ainda pelo esforço que ele próprio emprestou tendo em vista a continuação da economia grega junto das restantes economias do euro.

Se a Grécia não fosse um país da Zona Euro e o Governo grego não tivesse feito aquilo que fez, apesar de algumas consequências nefastas que isso [as reformas] teve para as pessoas, a Grécia ter-se-ia convertido numa Argentina. Mas a Grécia não é a Argentina
 
Jean-Claude Juncker

 

"Se a Grécia não fosse um país da Zona Euro e o Governo grego não tivesse feito aquilo que fez, apesar de algumas consequências nefastas que [as reformas] tiveram para as pessoas, a Grécia ter-se-ia convertido numa Argentina.

 

Mas "a Grécia não é a Argentina", atirou depois de ter afirmado ter lutado "como um leão" para que Atenas não fosse expulsa da Zona Euro.

 

O primeiro-ministro helénico, Antonis Samarás, concordou com a perspectiva apresentada pelo antigo primeiro-ministro do Luxemburgo ao garantir que "o que salvou a Grécia da bancarrota foi a permanência no euro".

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