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José de Matos pediu 2 mil milhões de euros para a Caixa em Março
Em Março, José de Matos queria, para cumprir os rácios mínimos no final do ano, cerca de 2 mil milhões de euros. António Domingues trabalha agora com perto de 5 mil milhões.
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O ainda presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, José de Matos, considerava, no final do primeiro trimestre, rondava os 2 mil milhões de euros.
Foi Mário Centeno que admitiu esta sexta-feira, 29 de Julho, em resposta ao deputado social-democrata Hugo Soares, que o montante que a actual gestão da Caixa Geral de Depósitos considerava importante para capitalizar o banco era um "valor próximo de 2 mil milhões de euros".
O valor é novo tendo em conta que o próprio José de Matos se recusou a mencioná-la na sua audição da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. A única coisa que o líder do banco afirmou foi que os valores que têm sido noticiados para as actuais necessidades de capital da CGD, que ascendem a 5,1 mil milhões de euros, eram "claramente superiores" aos por si imaginados. Foi de 5,1 mil milhões de euros o valor da capitalização anunciado por António Domingues, o futuro presidente executivo do banco, junto das autoridades europeias.
Mas na sua audição, José de Matos explicou que os dados com que a sua equipa estava a trabalhar eram os montantes mínimos para cumprir os requisitos mínimos regulatórios acrescidos ainda de um "buffer", uma almofada ou folga de gestão para possíveis eventualidades.
Na sua audição, o governador Carlos Costa admitiu que o valor para a capitalização da Caixa dependeria sempre da "ambição" do Governo e de que forma, e por quanto tempo, queria reestruturar a instituição financeira.
Ainda sem dados exactos, continua a ser um segredo quanto é que a Caixa Geral de Depósitos. Ou melhor, segundo Mário Centeno, o valor ainda nem está definido.
Só quando a nova administração entrar em funções, com António Domingues, é que haverá certezas porque só aí é que será contratada uma auditora para calcular as actuais necessidades de capital do banco, que será usada nas negociações com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.
"Esse montante não está apurado". A Caixa "não tem um valor fechado".