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Centeno esconde plano de negócios da CGD dos deputados
Está a ser negociado um "plano de negócios credível, exigente e ambicioso" para a Caixa Geral de Depósitos, mas o ministro das Finanças não quis falar dele na comissão de inquérito.
A comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos foi criada para analisar quais os motivos para a actual situação do banco público. Contudo, o ministro das Finanças não vai falar sobre o plano de negócios que está a ser negociado para melhorar a situação da instituição financeira.
"Dotar a Caixa Geral de Depósitos de um plano de negócios credível, exigente e ambicioso" é um dos compromissos do Governo com o banco, declarou o ministro das Finanças na audição desta sexta-feira, 29 de Julho, no inquérito parlamentar à Caixa.
Este plano tem tido "objecto de uma análise exaustiva e rigorosa em diálogo constante e construtivo", continuou o governante, acrescentando que só iria falar do plano "assim que oportuno". E o oportuno ainda não é esta sexta-feira, ressalvou.
Este plano de negócios vai depender do plano de capitalização e reestruturação em curso, nomeadamente do número de trabalhadores que vai continuar no quadro (o Governo já admitiu a possibilidade de sair 2.500 trabalhadores).
Este é o segundo dos quatro compromissos assumidos pelo ministro das Finanças, sendo que o primeiro foi o de dotar a Caixa "dos melhores quadros para o desenvolvimento do que se pretende construir" – a alteração ao regime do gestor público, que permite aumentos nas remunerações dos administradores da Caixa, que entra em vigor esta sexta-feira, foi um dos passos neste campo.
Mário Centeno mencionou ainda, como terceiro compromisso, a intenção de "manter a Caixa Geral de Depósitos como banco público". Por fim, disse o ministro, é para com os trabalhadores e os clientes que têm o quarto compromisso do actual Executivo.