Notícia
Jerónimo de Sousa teme que sejam contribuintes a fazer "limpeza" dos bancos
Dizendo desconhecer a ideia do primeiro-ministro de se criar um veículo para o crédito malparado da banca, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, diz esperar que não sejam os mesmos de sempre, os contribuintes, a fazer a limpeza dos bancos.
10 de Abril de 2016 às 15:33
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O secretário-geral do PCP manifestou este domingo, 10 de Abril, em Ponta Delgada, Açores, o desejo de que "não seja mais uma vez com dinheiro dos contribuintes a fazer" a limpeza dos bancos, defendendo a necessidade de "responsabilizar quem deve ser responsável".
Ao comentar as declarações do primeiro-ministro à TSF e ao DN, Jerónimo de Sousa começou por afirmar que "quando se fala da banca os portugueses tremem, porque em processos desde a fuga ao fisco, desde a corrupção, desde a má gestão, desde a má supervisão, a banca tem levado à desgraça" do país e de muitos portugueses.
"São milhares de milhões que têm sido consumidos do erário público, pondo os portugueses a pagar aquilo que é da responsabilidade da banca e dos banqueiros", declarou Jerónimo de Sousa.
Referindo não saber o "que significa essa limpeza", o secretário-geral comunista disse esperar que "não seja mais uma vez a repetição da história, em que a banca enquanto ganha dinheiro ninguém incomoda, quando começa a perder 'aqui d'el rei venha dinheiro dos contribuintes'".
"Que não seja mais uma vez com o dinheiro dos contribuintes a fazer essa limpeza", mas antes "responsabilizar quem deve ser responsável", acrescentou Jerónimo de Sousa.
O primeiro-ministro defendeu este domingo que é "útil para o país encontrar um veículo de resolução do crédito malparado", considerando também que só as instituições europeias podem responder se Portugal precisa de uma nova ajuda externa para o sistema financeiro.
Numa entrevista à TSF e ao DN, António Costa defendeu a necessidade de trabalhar com as instituições regulatórias e com as instituições financeiras na resolução dos chamados 'non performance loans', o crédito malparado.
"Era útil encontrar um veículo de resolução para o crédito malparado, de forma a libertar o sistema financeiro de um ónus que dificulta uma participação mais activa no financiamento às empresas", revelou.
Já a propósito da investigação Papéis do Panamá, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que os milhões colocados em "offshores" visam "roubar os Estados e os povos".
"Independentemente da origem e da forma como foram seleccionadas as informações dos ditos Papéis do Panamá, a deixar muitas interrogações, o que estes inequivocamente confirmam é que, de forma legal ou ilegal, os milhões de origem criminosa ou não, colocados nos 'offshores' e nos paraísos fiscais, visam não pagar impostos, ficar longe dos olhares do fisco, da opinião pública e dos tribunais", afirmou Jerónimo de Sousa, em Ponta Delgada, Açores, acrescentando que "visam, no, fundo roubar os estados e os povos".
O líder do PCP discursava no encerramento do X Congresso da Organização da Região Autónoma dos Açores do PCP.
"Vejam se esses grandes patriotas das empresas que fazem parte do PSI 20 - as grandes empresas dos grupos económicos cotadas - têm alguma ponta de vergonha quando se sabe que, à excepção de uma, têm as sedes fiscais e as suas 'holdings' fora do nosso país", referiu.
Para Jerónimo de Sousa, esta investigação deveria dar mais força à proposta comunista de que "os lucros ganhos cá deviam pagar impostos cá".
"Vamos a ver se depois de tanta celeuma não fica tudo em águas de bacalhau ou de Caimão", concluiu.
Ao comentar as declarações do primeiro-ministro à TSF e ao DN, Jerónimo de Sousa começou por afirmar que "quando se fala da banca os portugueses tremem, porque em processos desde a fuga ao fisco, desde a corrupção, desde a má gestão, desde a má supervisão, a banca tem levado à desgraça" do país e de muitos portugueses.
Referindo não saber o "que significa essa limpeza", o secretário-geral comunista disse esperar que "não seja mais uma vez a repetição da história, em que a banca enquanto ganha dinheiro ninguém incomoda, quando começa a perder 'aqui d'el rei venha dinheiro dos contribuintes'".
"Que não seja mais uma vez com o dinheiro dos contribuintes a fazer essa limpeza", mas antes "responsabilizar quem deve ser responsável", acrescentou Jerónimo de Sousa.
O primeiro-ministro defendeu este domingo que é "útil para o país encontrar um veículo de resolução do crédito malparado", considerando também que só as instituições europeias podem responder se Portugal precisa de uma nova ajuda externa para o sistema financeiro.
Numa entrevista à TSF e ao DN, António Costa defendeu a necessidade de trabalhar com as instituições regulatórias e com as instituições financeiras na resolução dos chamados 'non performance loans', o crédito malparado.
"Era útil encontrar um veículo de resolução para o crédito malparado, de forma a libertar o sistema financeiro de um ónus que dificulta uma participação mais activa no financiamento às empresas", revelou.
Já a propósito da investigação Papéis do Panamá, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que os milhões colocados em "offshores" visam "roubar os Estados e os povos".
"Independentemente da origem e da forma como foram seleccionadas as informações dos ditos Papéis do Panamá, a deixar muitas interrogações, o que estes inequivocamente confirmam é que, de forma legal ou ilegal, os milhões de origem criminosa ou não, colocados nos 'offshores' e nos paraísos fiscais, visam não pagar impostos, ficar longe dos olhares do fisco, da opinião pública e dos tribunais", afirmou Jerónimo de Sousa, em Ponta Delgada, Açores, acrescentando que "visam, no, fundo roubar os estados e os povos".
O líder do PCP discursava no encerramento do X Congresso da Organização da Região Autónoma dos Açores do PCP.
"Vejam se esses grandes patriotas das empresas que fazem parte do PSI 20 - as grandes empresas dos grupos económicos cotadas - têm alguma ponta de vergonha quando se sabe que, à excepção de uma, têm as sedes fiscais e as suas 'holdings' fora do nosso país", referiu.
Para Jerónimo de Sousa, esta investigação deveria dar mais força à proposta comunista de que "os lucros ganhos cá deviam pagar impostos cá".
"Vamos a ver se depois de tanta celeuma não fica tudo em águas de bacalhau ou de Caimão", concluiu.