Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fundo de Resolução poderá precisar de empréstimos do Estado no futuro

O Fundo de Resolução fica com 25% do Novo Banco e com a gestão directa de um conjunto de activos problemáticos. Para já, não entra com dinheiro. Mas não é certo que não tenha de o fazer no futuro. E com a ajuda do Estado.

Miguel Baltazar/Negócios
31 de Março de 2017 às 20:00
  • ...

O Fundo de Resolução poderá, no futuro, de precisar de empréstimos do Estado para respeitar as eventuais responsabilidades que poderá ter com o Novo Banco. Se acontecer, terá de pagar juros por isso.

 

Segundo o esquema de venda da instituição herdeira do BES, o Fundo de Resolução fica com 25% do Novo Banco, passando os restantes 75% para a Lone Star.

 

Há um mecanismo de capitalização contingente para a cobertura de determinados activos que poderão obrigar, no futuro, o Fundo de Resolução a fazer injecções de capital no caso de, como explica o Banco de Portugal, se "materializarem certas condições cumulativas, relacionadas com: o desempenho de um conjunto delimitado de activos do Novo Banco e a evolução dos níveis de capitalização do banco".

 

"As necessidades eventuais têm de ser asseguradas pelo Fundo de Resolução", garantiu esta sexta-feira, em conferência de imprensa, António Costa. Os bancos serão sempre os que terão de pagar em último caso. Mas, antes desse último caso, o Estado pode ser chamado a intervir.

 

"Se, tal como aconteceu no passado, houver necessidade de empréstimo [do Estado] ao Fundo de Resolução, será feito aos bancos da mesma forma que à República", sublinhou, em respostas aos jornalistas, o primeiro-ministro, dizendo que tais créditos terão de ser remunerados com o pagamento de juros.

 

Os bancos não terão, contudo, de fazer quaisquer contribuições adicionais (além da contribuição periódica e da contribuição extraordinária) que já pagam, assegurou também António Costa.

 

Por isso, se, eventualmente, para cobrir qualquer risco nos activos do Novo Banco, for preciso dinheiro estatal e, nessa altura, o Fundo de Resolução não tiver como suportar o pagamento, poderá ser pedido um empréstimo ao Estado.

 

Certo é que António Costa quis frisar, por várias vezes, que "não existirá impacto directo ou indirecto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes".

Ver comentários
Saber mais Fundo de Resolução Banco de Portugal Novo Banco Lone Star BES António Costa política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio