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Fosun não está envolvida na venda do Novo Banco "mas tudo é possível"

A Fosun já esteve interessada no processo de venda do Novo Banco, no Verão do ano passado. Mas, neste momento, não olha para esse dossier.

Negócios 17 de Maio de 2016 às 17:07
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O Banco de Portugal relançou em Janeiro de 2016 o processo de venda do Novo Banco, após em Setembro de 2015 ter interrompido a primeira tentativa pois nenhuma das três propostas vinculativas finais era satisfatória. Na altura, a corrida ficou limitada a três candidatos: as chinesas Fosun e Anbang, bem como o fundo norte-americano Apollo. A primeira não está, neste momento envolvida no processo, disse Guo Guangchang (na foto), "chairman" da empresa, em entrevista à Reuters.


"Portugal é um destino prioritário para Fosun por isso estamos à procura de outras oportunidades", disse Guangchang. "Nós prestámos atenção ao Novo Banco. Neste momento, não estamos envolvidos [nesse processo], [mas] tudo é possível".


Na mesma entrevista, durante uma visita a Portugal, Guo Guangchang afirmou que a Fosun International, dona da Fidelidade, quer ser líder global dentro de cinco a dez anos nos seguros, turismo e saúde, vendo cada vez mais oportunidades nos mercados emergentes. Guangchang destacou que a aposta em sectores de rápido crescimento relacionados com o consumo deve gerar valor à Fosun que, nas últimas duas décadas, gastou cerca de 30.000 milhões de dólares em fusões e aquisições, nomeadamente na Europa e nos EUA.


"Nós vemos cada vez mais e mais oportunidades globalmente e, por isso, estamos a adaptar a nossa estratégia", afirmou.


Adiantou que a Fosun está a "prestar mais atenção aos mercados emergentes", frisando: "Estamos à procura a nível global, mas estamos a prestar mais atenção à Rússia, Índia, Brasil e África".


"A nossa meta para os próximos cinco a dez anos é tornarmo-nos o fornecedor de serviços líder mundial para indivíduos e famílias em termos de saúde, riqueza e felicidade", disse Guo Guanchang. "Um fornecedor de soluções. Vamos tornar-nos uma empresa mais internacional com a raiz na China", adiantou.

O investimento em mercados emergentes deverá focar-se, por exemplo, em cuidados de saúde ou turismo, mas também potencialmente em projectos de produção de "commodities".


Guo Guangchang considera que as valorizações de activos nos mercados europeus e norte-americanos têm subido, mas "ainda estão dentro de um intervalo razoável". "A valorização do preço é apenas um factor para Fosun", disse, recordando que a Fosun olha sempre com um ângulo que permita a 'transferência' da empresa, ou o activo, para a China". Mas, frisou: "a China continuará a ser o maior foco de investimento para Fosun".


Guo Guangchang reconheceu que a economia da China enfrenta desafios, especialmente em sectores como a construção, onde há excesso de capacidade, mas está "confiante que o crescimento vai manter um crescimento de cinco a seis por cento nos próximos anos".


"Nós vemos um crescimento rápido em certas áreas (na China) relacionadas com o consumo, saúde, turismo, 'spas' e entretenimento", acrescentou.


Afirmou ainda que "o nível de dívida das empresas na China é bastante elevado, mas a boa notícia é que a taxa de juro está a diminuir, o que é bom para as empresas".

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