Notícia
Fitch: Problemas do GES têm impacto "limitado" no resto dos bancos portugueses
"A incerteza sobre o grupo, que inclui o Banco Espírito Santo, deixa o sistema bancário vulnerável a uma quebra de confiança", realça a Fitch numa nota de análise. "Por agora", o impacto dos problemas do GES no resto da banca portuguesa "parece contido."
- 1
- ...
"O impacto imediato dos problemas no Grupo Espírito Santo nos outros bancos portugueses parece contido, por agora", realça a Fitch numa nota divulgada esta segunda-feira, 14 de Julho, apesar de a agência não cobrir o BES.
"Ainda assim, a incerteza sobre o grupo, que inclui o Banco Espírito Santo, um dos maiores bancos portugueses, deixa o sistema bancário vulnerável a uma quebra de confiança", acrescenta.
"Acreditamos que o risco directo para os maiores bancos portugueses que acompanhamos – BPI, Santander Totta, Millennium bcp e Caixa Geral de Depósitos – é limitado, já que a exposição total de cada banco ao Grupo Espírito Santo deve ser relativamente gerível."
A agência adianta ainda que "a volatilidade dos custos de financiamento devem persistir para os bancos portugueses atéa situação do grupo Espírito Santo ser clarificada e resolvida."
A Fitch acrescenta que as quatro instituições financeiras que cobre têm cerca de dois mil milhões de euros de dívida que vence este ano, o que "não parece oneroso face à sua liquidez". Além disso, a banca continua a beneficiar do acesso ao financiamento do Banco Central Europeu.
A agência norte-americana acredita assim que o impacto dos problemas no GES no resto do sector financeiro está contido, "por agora", e realça que a incerteza é o maior risco.
Visão diferente tem a Moody’s que considera que o incumprimento de várias subsidiárias da Espírito Santo International, "holding" que controla o Grupo Espírito Santo, tem um impacto negativo no "rating" do BES, mas também de outros bancos portugueses.