Notícia
Dinheiro português em offshores caiu 80% desde 2007
Dados do FMI relativos a Junho do ano passado apontam para 4,2 mil milhões de euros portugueses em paraísos fiscais, um recuo de quase 80% face ao máximo atingido antes da crise financeira.
Em Junho de 2015 o FMI contava 4,7 mil milhões de dólares (cerca de 4,2 mil milhões de euros ao câmbio de Junho de 2015) detidos por portugueses em territórios classificados como paraísos fiscais pelas autoridades nacionais. Trata-se de um recuo de 80% face ao máximo atingido em 2007 na base de dados do FMI que recua até 2001. Neste período o Panamá, que está no centro da polémica dos últimos dias, só teve dinheiro português em três anos (2001, 2005 e 2006) e nunca mais de 20 milhões de euros.
Cruzando os números disponibilizados pelo FMI na base de dados Coordinated Portfolio Investment Survey que compila o investimento de carteira português no estrangeiro, com a lista de territórios classificados como paraísos fiscais pela portaria 150/2004 do Ministério das Finanças chega-se à conclusão que, em meados do ano passado, o investimento de carteira nacional nestes territórios representou 3,5% do total de investimento de carteira nos estrangeiro, e equivaleu a pouco mais que 2,3% do PIB. Estes valores comparam com um peso no total do investimento de mais de 12% registados em 2007, quando o peso no PIB também ultrapassou os 10%.
O forte recuo registado desde 2007 coincide com o início da crise internacional que implicou um aumento da pressão para repatriamento de capitais (por necessidades dos detentores de capital e por sucessivos perdões fiscais) e uma intensificação da pressão dos vários governos ocidentais contra as práticas abusivas de sigilo e falta de transparência por muitos destes territórios.
As Ilhas Caimão continuam a ser o destino mais procurado pelo capital nacional entre os territórios offshore mostram ainda as estatísticas do FMI: em Junho de 2015 recebiam cerca de 77% do total de investimento avaliado em 135 mil milhões de dólares (119,6 mil milhões de euros). Em 2007 as ilhas Caimão também lideravam atraindo 67% dos investimento de carteira nacional em offshores. Este é também o território offshore de excelência para os grandes bancos nacionais.
Cruzando os números disponibilizados pelo FMI na base de dados Coordinated Portfolio Investment Survey que compila o investimento de carteira português no estrangeiro, com a lista de territórios classificados como paraísos fiscais pela portaria 150/2004 do Ministério das Finanças chega-se à conclusão que, em meados do ano passado, o investimento de carteira nacional nestes territórios representou 3,5% do total de investimento de carteira nos estrangeiro, e equivaleu a pouco mais que 2,3% do PIB. Estes valores comparam com um peso no total do investimento de mais de 12% registados em 2007, quando o peso no PIB também ultrapassou os 10%.
As Ilhas Caimão continuam a ser o destino mais procurado pelo capital nacional entre os territórios offshore mostram ainda as estatísticas do FMI: em Junho de 2015 recebiam cerca de 77% do total de investimento avaliado em 135 mil milhões de dólares (119,6 mil milhões de euros). Em 2007 as ilhas Caimão também lideravam atraindo 67% dos investimento de carteira nacional em offshores. Este é também o território offshore de excelência para os grandes bancos nacionais.