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Há 34 portugueses envolvidos no esquema de fuga ao fisco no Panamá

O envolvimento de Portugal no escândalo designado "Papéis do Panamá" está quantificado, por enquanto, em 34 pessoas, segundo informação divulgada no "website" do jornal Irish Times.

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Panama Leak Reports World Leaders' Hidden Billions
05 de Abril de 2016 às 02:18
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Há – ou houve, ao longo do tempo - 23 clientes portugueses do escritório de advogados panamiano Mossack Fonseca, salienta o jornal Irish Times, que está envolvido na investigação aos mais de 11,5 milhões de documentos e 2,6 terabytes de informação secreta que foram retirados da base de dados interna daquela sociedade – sendo este conjunto de documentos, ligados a quase quatro décadas de actividade da empresa, conhecido como "Papéis do Panamá".

 

Além disso, 34 indivíduos com morada em Portugal têm contas em "offshores", revelou a mesma fonte, acrescentando que, a par destes beneficiários do esquema de fuga ao fisco, existem 244 empresas portuguesas, com 255 accionistas.

 

Recorde-se que esta investigação de uma centena de jornais em todo o mundo às actividades da Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos – entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais – ou personalidades públicas.

 

Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades "offshore" estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.

 

A informação está disponibilizada num mapa-mundo, no sítio deste jornal.

 

A partir dos Papéis do Panamá, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em "offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

 

Jornalistas do semanário Expresso e do canal de televisão TVI estão a participar nesta investigação em Portugal.

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